Os pais geralmente ficam sem saber o que fazer quando percebem que os filhos pequenos estão apresentando comportamentos com conotação sexual. Mas não há motivo para preocupações, de acordo com a psicóloga e terapeuta sexual Jordana Fantini. Convidada pela Encontro para debater temas relacionados à sexualidade, ela explica que é natural que os pequeninos passem a se interessar pelo corpo e que fazem isso sem qualquer maldade.
Segundo a especialista, o que ocorre, na verdade, é que as crianças começam a descobrir as "sensações corporais" e, com isso, vão aprendendo a se tocar. "Isso acontece, principalmente, na chamada fase fálica, dos três aos seis anos de idade", esclarece Jordana Fantini.
A psicóloga orienta os pais para que, ao se depararem com o filho pequeno se masturbando ou mesmo tocando os genitais, por exemplo, não tentem ridicularizá-los, tampouco repreendê-los por essa atitude. "Nesse caso, a criança pode criar um bloqueio e, no futuro, sofrer de disfunções sexuais graves", alerta Jordana Fantini. "O ideal é explicar aos pequenos que tocar seus órgãos genitais ou, até mesmo, se masturbar é algo que deve ser feito somente em locais privados. O mesmo vale para as necessidades fisiológicas", completa a terapeuta sexual.
No vídeo abaixo, Jordana Fantini fala sobre a importância da sexualidade na infância e as diferenças para fase adulta: