Ter um filho é o desejo de inúmeras famílias brasileiras. Mas, é preciso lembrar que, junto com a alegria do nascimento da criança, os pais passam a ter de cuidar da segurança e da saúde dos pequeninos. Especialmente quando ainda são bebês e requerem mais atenção e cuidados devido à dependência e À dificuldade de expressar dor, sofrimento, além da falta de noção do perigo.
Da escolha das roupas, passando por móveis, carrinhos e brinquedos, tudo precisa ser pensado para a sua segurança e conforto do filho pequeno.
Para ajudar os pais, o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), dá algumas dicas básicas que ajudam a manter a segurança dos bebês:
Roupas
Durante os primeiros meses de vida o bebê tem a pele mais sensível a processos alérgicos e, por isso, é indicado que suas roupas sejam de tecidos naturais e leves, como algodão, linho e lã (dependendo do clima), orienta o especialista. "Importante também evitar babados e laços que possam ser manuseados pela criança e se enrolar em mãos e pescoço. Considere também o tamanho ideal para garantir a perfeita movimentação da criança", diz o médico. É contraindicado o uso de amaciantes e outros produtos químicos com cheiro forte na lavagem das roupas das crianças para evitar alergias.
Mobiliário
"É preciso estar atento não apenas com o quarto do bebê, mas com a casa em geral, visto que ele cresce rápido e logo começa a explorar todos os cantos. Tudo o que tenha quina pontiaguda, especialmente de vidro, pode oferecer riscos, como mesas, aparadores e cômodas", alerta Sylvio Barros. Se não for possível mudar os móveis, a recomendação é que sejam usados adaptadores de silicone especialmente desenvolvidos para minimizar possíveis impactos.
Brinquedos
A legislação brasileira exige a identificação na embalagem sobre a idade recomendada para cada tipo de brinquedo e o selo de inspeção do Inmetro. A classificação etária é importante porque considera não apenas o aproveitamento do brinquedo, mas as contraindicações, como a presença de peças pequenas que podem se soltar e serem engolidas, por exemplo. "Mesmo assim, é preciso ficar atento até mesmo aos indicados e considerar a supervisão contínua. Olhos e botões de bichinhos, bem como rodinhas de carrinhos, são alguns itens para especial observação", diz o pediatra.
Carrinho do bebê
Cada fase da criança oferece um modelo de carrinho, mas é possível comprar um que se adapte ao maior número de fases. "Quando a criança está no primeiro mês e dorme junto aos pais o modelo 'Moisés' pode ser indicado, mas depois é preciso considerar a introdução alimentar a partir dos seis meses com acessório de inclinação para as refeições e cinto de três pontas, que prende todo o tronco do bebê e evita que ele escorregue ou tombe para frente".
Andador
Apesar de projetado para estimular o andar na verdade o andador causa mais malefícios que benefícios, alerta o especialista. "Embora dê mobilidade à criança ele pode fazer com que ela se acomode sobre o conforto das rodas e não exercite o equilíbrio e a força necessários para andar corretamente". Além de viciar o corpinho em uma postura errada de tronco e pernas, ele ainda pode gerar acidentes ao permitir o deslocamento para locais onde possa cair, como escadas.
Cadeirinha para carro
A recomendação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é de que a cadeirinha no banco traseiro é indispensável até os 7 anos. Ela deve ser usada sempre, mesmo para curtas distâncias, sendo o acessório essencial para a segurança da criança em casos de acidente. O modelo deve seguir a tabela de compatibilidade de idade e peso orientada pelo Conselho.
Sylvio Renan lembra que todas as medidas indicadas não têm a intenção de limitar as descobertas da criança, mas de assegurar que ela experimente o mundo com segurança e bem-estar. "Os olhos e a atenção dos pais são os principais itens de segurança, mas não devem comprometer o desenvolvimento físico e emocional da criança", completa o médico..