A dieta low carb é, atualmente, uma das mais recomendadas por especialistas para quem precisa reduzir o peso. Nesse tipo de regime, o consumo de carboidratos deve corresponder a, no máximo, 20% de toda a alimentação diária.
Por outro lado, de acordo com matéria publicada no site australiano Nine, existem especialistas que defendem que a melhor solução para o emagrecimento é uma maior ingestão de carboidratos, com proporção variando de 45% a 65% das refeições do dia a dia.
Para tentar encontrar um ponto de equilíbrio, um grupo de pesquisadores americanos de diversas intituições, entre elas a consagrada Universidade de Harvard, publicou um artigo na revista científica Science com algumas conclusões sobre a ingestão de açúcares e a relação com a perda de peso.
De acordo com a pesquisa, não há como declarar uma dieta vencedora nessa "batalha" porque um regime alimentar que funciona bem para uma pessoa pode não funcionar para outra. Ou seja, o organismo de cada indivíduo tem características diferentes, que podem interferir na eficácia de cada tipo de dieta.
Qualidade vs quantidade
Outro ponto importante destacado pelo estudo publicado na Science é que devemos estar mais atentos à qualidade do que à quantidade de carboidratos que ingerimos diariamente. Os cientistas ressaltam que o maior consumo de alimentos integrais, de vegetais sem amido, de frutas e legumes é fundamental para quem quer manter o peso adequado, porque possuem carboidratos "de alta qualidade", benéficos ao organismo.
Por outro lado, como esperado, os cientistas alertam que bebidas como refrigerantes e sucos de frutas industrializados, além de alimentos de confeitaria, devem ser evitados, pois possuem carboidratos de baixa qualidade, "altamente processados" – que são prejudiciais à saúde.
Gorduras
O estudo lembra que, além do carboidrato, existem outras dietas restritivas, como a que sugere a alta ingestão chamada de cetogênica. Neste caso, a recomendação dos pesquisadores é fugir das gorduras saturadas e trans, como as contidas no bacon, por exemplo. Elas devem ser substituídas pelas insaturadas, como as presentes no azeite, no óleo de girassol ou de canola, e nas nozes e na semente do abacate.
Entretanto, o artigo científico alerta que esse tipo de dieta não é recomendado para a maioria da população, não só por ser difícil de seguir, como também pela possibilidade de causar reações adversas no organismo..