Ter medo não é um problema, já que é uma reação natural do organismo a uma possível ameaça. O problema é quando essa sensação se torna intensa e repetitiva em relação a algum objeto, animal ou situação. Neste caso, o medo se transforma em fobia. Por exemplo, deixar de viajar de avião, por temer que ele possa cair ou algo perigoso acontecer em pleno ar.
De acordo com o psicólogo João Alexandre Borba, essa fraqueza do indivíduo deve ser tratada aos poucos. "Para enfrentar um medo, é preciso ir avançando aos poucos para que o problema seja resolvido. Um exemplo clássico é aquela pessoa que, quando criança, tinha medo de falar em público e ia mal nas apresentações, sendo motivo de chacota pelas outras crianças. Com uma dedicação para melhorar essa habilidade, ela pode se tornar uma palestrante de sucesso", afirma o especialista.
Segundo ele, o medo pode trazer um comodismo para a vítima da fobia. "Quem sofre com algum medo ou angústia geralmente tem uma conivência de quem vive ao redor.
Para que o medo seja superado e esse processo aconteça de forma correta, é preciso ir gerando forças aos poucos para que a pessoa supere a fobia de uma vez por todas. "Muita gente acha que a solução para quem tem aracnofobia é colocar uma aranha na frente da pessoa, confrontando-a, quando, na verdade, as chances dessa solução ser concretamente realizada são poucas. O aconselhável é não fazer isso, pois pode trazer um trauma muito maior para o indivíduo", afirma João Borba.
O especialista ressalta que é preciso determinação e força de vontade para superar essas sensações angustiantes. "Nessas horas, o primeiro passo é a parte mais difícil. Não existe uma fórmula exata para lidar com medos e inseguranças, mas, força de vontade, autoanálise, treino e coragem são atitudes necessárias para passar por cima dos medos. Aprenda a não se proteger de si mesmo: enfrente as inseguranças com firmeza", orienta o psicólogo..