Revista Encontro

Férias

Pais devem estar atentos às brincadeiras das crianças

Acidentes domésticos são muito comuns nesta época

Da redação com assessorias
- Foto: Pexels

Durante as férias, é normal que as crianças passem muito tempo dentro de casa. Manter os pequenos ocupados é um desafio dos pais. O problema é que, dependendo da idade, a supervisão de um adulto é essencial, para evitar problemas. Estima-se que no Brasil ocorrem cerca de 200 mil acidentes domésticos com crianças, como queimaduras, quedas e afogamento.

Segundo a neuropediatra Andrea Weinmann, existem diversos perigos que podem passar despercebido pelos pais. "As quedas são bem preocupantes, principalmente se a criança tiver um traumatismo cranioencefálico. Na ânsia de se divertir, a criança pode se descuidar e escorregar em pisos de piscinas, por exemplo. Além disso, os pais devem ficar atentos a azulejos quebrados, ralos ou pedras soltas em piscinas. Nem todos os hotéis, clubes e pousadas fazem a manutenção correta das áreas de lazer.
Com isso, há risco de cortes, quedas e acidentes com ralos nas piscinas", comenta a especialista.

Para quem está de férias na praia ou costuma levar os filhos para o clube, a médica lembra da importância de prevenir os afogamentos. "Quando o afogamento não é fatal, pode levar à falta de oxigênio no cérebro, deixando sequelas importantes, como a paralisia cerebral", alerta a neuropediatra.

Outro cuidado fundamental é prevenir que a criança salte ou pule em águas escuras, sem visibilidade, perto de pedras ou em águas rasas. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Coluna, os mergulhos durante a temporada de Verão representam a segunda causa de lesão na medula no Brasil. As lesões afetam principalmente crianças e jovens adultos.

O neurocirurgião Iuri Weinmann orienta os pais a não deixar as crianças mergulharem em locais inapropriados, já que grande parte das lesões ocorre quando o menor mergulha em águas desconhecidas, escuras ou rasas. "Esse tipo de acidente pode causar lesões graves, com perda da função motora e sensitiva. Por isso, é melhor orientar as crianças e adolescentes quanto aos mergulhos, preferencialmente evitando este tipo de brincadeira. Vale lembrar de tomar o máximo de cuidado ao frequentar cachoeiras e rios, que podem também levar a quedas e fraturas", ressalta o especialista.

Apesar das piscinas, cachoeiras e rios serem locais com um alto risco de acidentes, em terra firme também é preciso redobrar a atenção. "As crianças, em geral, não têm noção do perigo. Elas querem se aventurar, descobrir o mundo, superar seus limites. Com isso, não imaginam que podem sofrer uma queda e se machucar", comenta Andrea Weinmann.

Com isso, cabe aos pais supervisionar as brincadeiras, principalmente aquelas que envolvem patins, bicicletas, skate ou patinetes. O ideal é comprar um kit de proteção, com capacete, joelheira e cotoveleira. Lembrando ainda de levar as crianças em locais adequados para o uso desses brinquedos..