A concorrência com corretoras independentes tem feito grandes bancos zerarem as taxas cobradas dos clientes para investimentos no Tesouro Direto. A última grande instituição a reduzir os juros para investir nessa modalidade administrada pelo Tesouro Nacional e nos títulos de Renda Fixa e de Previdência Privada foi o Banco do Brasil, em anúncio divulgado nesta quinta, dia 20 de setembro.
Segundo a atualização mais recente do site do Tesouro Direto, das 59 instituições habilitadas para operar com o produto, 29 não cobram taxas, entre elas o Itaú que eliminou a cobrança no início deste mês. Entre os grandes bancos, o Bradesco também já não cobra para essas aplicações.
Atualmente, o Banco do Brasil cobra uma taxa anual de 0,5%, para investimentos no Tesouro Direto, acima dos concorrentes Caixa Econômica Federal e Santander (0,4% nas duas instituições).
Para aplicar nesta modalidade, os investidores precisam da intermediação de um agente de custódia, que são os bancos ou as corretoras. Dentre outras funções, esses agentes são responsáveis por realizar o cadastro dos investidores na bolsa de valores e intermediar a transferência dos recursos financeiros e títulos.
Renda fixa
Em nota, o Banco do Brasil anunciou hoje que vai zerar também as taxas de custódia para quem aplica em papéis de renda fixa, como Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Debêntures.
No dia 5 deste mês, o Itaú zerou a taxa de custódia de Tesouro Direto e de produtos de Renda Fixa (CDBs de outros gestores, Letras, Debêntures, CRIs e CRAs). O banco privado zerou a taxa tanto para entrada quanto para saída de produtos de Previdência, atingindo mais de dois milhões de clientes.
Previdência Privada
Com objetivo de atrair ou manter clientes, o Banco do Brasil também zerou taxa para investimentos em previdência privada. As reduções nas taxas dos investimentos em previdência privada ocorrem por efeito da redução da taxa básica de juros, a Selic. Com a taxa básica mais baixa, atualmente em 6,5% ao ano, os rendimentos dos planos de previdência estão menores, reduzindo assim, a procura dos clientes.
Segundo o BB, a taxa para os clientes que investem em planos de previdência (PGBL e VGBL) será zerada, tanto para aplicações quanto para resgates.
As novas condições para os investimentos no Banco do Brasil entram na sexta (21) e valem para todos os clientes que possuem esses produtos, alcançando o estoque de aplicações e também os novos negócios.
"Com essas medidas, o BB alinha os custos desses produtos à nova prática de mercado e fortalece o posicionamento junto aos clientes investidores, valorizando o relacionamento de longo prazo e contribuindo para a fidelização, a retenção e para o crescimento sustentável dos negócios", informa o banco por meio de nota enviada à imprensa.
(com Agência Brasil)