Sabia que nesta quarta, dia 31 de outubro, é celebrado o Dia da Poupança? A ideia é conscientizar a população de todo o mundo para a necessidade de preservar recursos para o futuro.
Falando nisso, a Caixa Econômica Federal fechou o ano passado com captação líquida de R$ 8 bilhões na poupança e um total de 74 milhões de poupadores. Para o educador financeiro Rogério Braga, membro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em entrevista à Agência Brasil, com uma população de mais de 207 milhões de pessoas, há um amplo caminho para que essa modalidade cresça ainda mais no Brasil.
O problema, conforme o especialista, é que os brasileiros ainda não têm o hábito de poupar. Ele aponta o consumo exagerado e o acúmulo de créditos como fatores que levam ao descontrole financeiro e ao afastamento da ideia de guardar dinheiro.
Rogério Braga diz que o primeiro passo para quem quer fazer uma poupança é estabelecer um sonho ou um objetivo de vida. "O maior segredo é estabelecer esse objetivo e começar a fazer um diagnóstico financeiro de vida. Começar a pegar aquele recurso, separar a parte dele para poupar no início, porque se deixar para o final do mês, vai faltar recurso", comenta o educador financeiro à agência estatal de notícias.
Conversar com a família em relação ao sonho coletivo é um segundo passo também importante. Braga aconselha que as pessoas coloquem todos os objetivos no papel. "Tem que ser disciplinado. A disciplina de seguir todo esse processo leva ao sucesso", diz.
Para o especialista, o brasileiro tem o mau costume de ser imediatista, o que termina colocando alguma meta de futuro adiante da sua realidade.
Ele recomenda que as pessoas estabeleçam prazos e aprendam a gastar e a economizar. Esse é um processo diário, destaca o educador. "Tem que usar os recursos em algo efetivamente necessário, e não supérfluo. Poupar primeiro é sempre muito importante. O hábito de poupar deve ser feito antes de receber o salário e gastar no consumo".
Braga acredita que com essas etapas, já pode haver uma mudança geral, uma nova visão sobre o hábito de poupar. "E, aí, a poupança se beneficia disso, porque ela é muito fácil, muito acessível a toda a população brasileira".
Faz parte ainda do diagnóstico financeiro que as pessoas comecem a observar onde há excesso, como podem gastar melhor e onde podem economizar. Rogério Braga afirmou que muitas pessoas cometem o erro de gastar além do seu padrão de vida e, por isso, a conta nunca fecha e elas terminam sempre endividadas. O ideal é identificar onde gastar. "Gastar sem excessos, dentro da sua realidade, é fundamental".
(com Agência Brasil)