Os indicadores de nível de atividade e de emprego na indústria da construção voltaram a cair em setembro, o que confirma a estagnação do setor, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de nível de atividade recuou para 45,7 pontos e o de emprego foi para 45,1 pontos no mês passado, segundo levantamento divulgado nesta segunda, dia 29 de outubro, pela entidade.
Os indicadores variam de zero a 100 pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos, mostram redução da atividade e do emprego.
Conforme a pesquisa, o índice de utilização da capacidade de operação subiu para 61% no mês passado, o maior nível deste ano. Mesmo assim, o setor mantém a elevada ociosidade, pois operou com 39% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados. De acordo com a CNI, o setor enfrenta uma série de problemas, como baixa demanda, burocracia excessiva e situação financeira delicada, assim como a incerteza com relação aos próximos meses.
O levantamento mostra ainda que a retração do setor em setembro e a cautela dos empresários em outubro são resultados das incertezas em relação ao desfecho das eleições. Com pequenas oscilações em relação a setembro, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses se mantiveram, em outubro, próximos da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.
O índice de expectativa em relação ao nível de atividade subiu 0,7 ponto e ficou em 51 pontos e o de novos empreendimentos e serviços caiu 0,4 ponto e alcançou 50 pontos. O índice de expectativa de número de empregados caiu para 49 pontos e o de compra de matérias-primas e insumos alcançou 49,5 pontos.
Para a CNI, como as expectativas para os próximos seis meses não apresentam bons resultados e comprovam um certo pessimismo do setor, a disposição dos empresários para investir também continua baixa. O índice de intenção de investimentos ficou estagnado em 32,5 pontos, inferior à média histórica de 33,6 pontos.
A pesquisa mostra que o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção subiu 1,3 ponto e alcançou 52,1 pontos em setembro. Mesmo assim, está abaixo da média histórica, que é 52,9 pontos.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre os dias 1º e 15 de outubro com 569 empresas. Dessas, 196 são pequenas, 248 são médias e 125 são de grande porte.
(com Agência Brasil)