O mercado de franquias brasileiro cresceu 6,3% no terceiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento passou de R$ 41,850 bilhões para R$ 44,479 bilhões. Nos últimos 12 meses, a elevação foi de 7%, de R$ 159,826 bilhões para R$ 170,988 bilhões. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) na última quarta, dia 28 de novembro.
De acordo com Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF, em nota enviada à imprensa, as incertezas do cenário eleitoral, o aumento da inflação e a queda da confiança do consumidor e do empresariado refletiram no desempenho do terceiro trimestre.
"Embora tenhamos registrado um mês de agosto bastante positivo, nos meses de julho e setembro o consumidor estava mais retraído, possivelmente impactado pelas incertezas inerentes ao cenário pré-eleições. Para manter seu crescimento, o franchising brasileiro intensificou a busca por eficiência e novas soluções, o que se traduziu na busca por novos formatos, perfis de público e mercados", comenta Cristofoletti.
Abertura de lojas
Os dados da ABF mostram que a abertura de lojas cresceu 1,4% no período – sendo 3% de abertura e 1,6% de fechamento de unidades.
A pesquisa indica ainda uma alta de 6,7% na abertura de novos postos de trabalho, o que equivale a mais de 80 mil pessoas contratadas. O número de vagas passou de 1,205 milhão para 1,286 milhão. Na comparação com o segundo trimestre, o crescimento foi de 5%. De acordo com o presidente da ABF, além da sazonalidade, os novos modelos de contratação previstos na reforma trabalhista contribuíram com o movimento.
Segundo o levantamento, 11 segmentos tiveram desempenho superior no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017. O segmento com maior crescimento no período foi entretenimento e lazer, com alta de 25,2%. Em segundo, aparecem serviços e outros negócios, com 10,3% de crescimento, impulsionado, principalmente, pelos serviços logísticos.
O terceiro melhor colocado foi saúde, beleza e bem-estar, com 9,7%, alavancado pela venda de produtos de higiene e beleza e o desempenho de redes de depilação e demais serviços estéticos. Alimentação ficou em 4ººlugar (6,7%), graças aos investimentos das redes em promoções, eficiência operacional e novos modelos e canais de venda, principalmente o delivery.
Projeções da entidade apontam que o ano de 2018 deve ser encerrado com crescimento de 7% em faturamento e de 5% em unidades franqueadas. Já o volume de redes em operação no país deve se estabilizar em 2,8 mil.
(com Agência Brasil)