Pela segunda vez seguida, as instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa da inflação oficial neste ano. De acordo com a pesquisa do BC, divulgada nesta segunda, dia 5 de novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,4%. Na semana passada, a projeção estava em 4,43%.
Para 2019, a projeção da inflação permanece em 4,22%. Também não houve alteração na estimativa para 2020: deve ficar em 4%. Para 2021, passou de 3,95% para 3,97%.
A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5% este ano. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
Juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano.
De acordo com o mercado financeiro, a taxa básica de juros deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018.
Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Do contrário, ao reduzir a taxa de juros, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Crescimento econômico
As instituições financeiras mantiveram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 1,36%, em 2018, e em 2,5% nos próximos três anos.
Câmbio
A expectativa para a cotação do dólar passou de R$ 3,71 para R$ 3,7 no fim deste ano, e permanece em R$ 3,8 para o término de 2019.
(com Agência Brasil)