De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda, dia 11 de fevereiro, pelo Banco Central (BC), as instituições financeiras reduziram pela quarta vez seguida a previsão da inflação ocifial em 2019. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,94% para 3,87%.
Para 2020, a previsão para o IPCA permanece em 4%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração na estimativa, que é de 3,75%.
A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta (4%), que possui intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é de 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.
Para controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para 2020, a estimativa é que a taxa chegue a 8% ao ano, assim como a previsão para 2021 e 2022.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A manutenção dos juros, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação.
Ao reduzir a taxa, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
PIB
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 2,5% em 2019 e nos próximos três anos.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,7 no final deste ano e em R$ 3,75 no fim de 2020.
(com Agência Brasil)