
A artista plástica mineira inovou radicalmente a relação entre o objeto de arte e o público. Como co-fundadora do movimento neo-concretista, trabalhou com a teoria de que a arte deve ser ao mesmo tempo subjetiva e orgânica e que a arte deve ser moldada e manipulada pelo espectador.
Sua série "bichos" (ou seja animal ou criatura), por exemplo, criada a partir de 1960, comporta princípios neoconcretistas e a investigação do "plano" na arte. Cada bicho é formado por uma série de placas e unidos por dobradiças. Colocados deitados, eles ficam planos, mas quando manipulados por um membro do público, assumem formas orgânicas mutáveis%u200B%u200B, e a dobradiça lembra a coluna vertebral de um animal.
Em 1972, ela foi convidada a ministrar um curso sobre comunicação gestual na Universidade de Sorbonne, em Paris. Lygia Clark morreu em abril de 1988, no Rio de Janeiro.
(com Portal EBC)
