Em uma série de vídeos publicados no Stories do Instagram, na quarta, dia 1º de agosto, o cantor sertanejo mineiro Eduardo Costa, de 38 anos, revelou para seus 5,9 milhões de seguidores da rede social de imagens que está preocupado com o "início da calvície" (ele mostrou as "entradas" nas laterais da cabeça). Para prevenir a alopécia, como é conhecida a perda de cabelos ou pelos, o músico está realizando sessões de intradermoterapia com a farmacêutica mineira Michelle Santos.

"É o seguinte: meu cabelo começou a cair. Não que esteja ficando careca... Quero dizer, já estou no caminho de ficar careca. Aí vem essa mulher bonita aí para dar uma ajeitada . Ela faz os procedimentos para o cabelo crescer de volta", comenta Eduardo Costa na gravação compartilhada no Instagram.

Para quem não sabe, a intradermoterapia, também conhecida como mesoterapia, é um procedimento não cirúrgico, minimamente invasivo que consiste em aplicações de substâncias farmacológicas diluídas, por via intradérmica ou subcutânea, em múltiplos pontos da área a ser tratada.

"No Brasil, sua introdução é recente, sendo indicada para o tratamento de depósitos de gordura, rejuvenescimento da pele e crescimento do cabelo. Quanto ao crescimento capilar, essa técnica é utilizada como terapia alternativa para o tratamento da alopecia androgenética feminina. A vantagem, em tese, seria uma resposta terapêutica mais rápida, e maior estímulo à repilação. Apesar disso, não foram encontradas evidências científicas suficientes para fundamentar essa conduta", explica um artigo científico publicado em março de 2017 na revista Surgical & Cosmetic Dermatology, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

De acordo com o pesquisador Francisco Ronaldo Moura Filho, do Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas, principal autor do estudo, apesar do crescimento no uso dessa técnica contra a calvície, ainda são poucos os artigos científicos relacionados às complicações da intradermoterapia no tratamento da alopécia. "Um dos poucos relatos encontrados descreve edema frontal após intradermoterapia com biotina e aplicação tópica de minoxidil 5%. Nessa publicação de 2015, os autores relataram que após a suspensão da terapêutica tópica a paciente não mais apresentou o edema. A razão desse efeito colateral, segundo o artigo, se deveu ao mecanismo de vasodilatação desencadeado pelo minoxidil. Os inúmeros pontos de injeção do medicamento teriam sido responsáveis pela maior absorção do fármaco levando ao edema da região frontal", afirma o dermatologista amazonense.

Aliás, o Minoxidil, nome comercial do medicamento destinado ao controle da pressão arterial, por meio da vasodilatação de longa duração, vem sendo cada vez mais usado em todo o mundo no suposto tratamento da queda de cabelo, especialmente pelo público masculino. É possível adquirir livremente o produto em sites como eBay e Mercado Livre.

Nos vídeos compartilhados pelo cantor Eduardo Costa, é possível ver a médica aplicando um líquido amarelado nas laterais da cabeça do músico. Michelle Santos diz que o procedimento não doi, mas, num certo momento, o intérprete de Sapequinha e Pronto Falei brinca: "Eita, senti a agulha!".

"Gente, acabei aqui, Não doi. Estou com esta cara por causa das 'agulhadinhas' . Não cai o cabelo e ajuda a crescer", comenta o artista no Stories.

Confira, abaixo, às imagens gravadas pelo sertanejo no consultório da farmacêutica mineira:

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