Depois de se despedir dos colegas no programa Fofocalizando, do SBT/Alterosa, na sexta, dia 14 de setembro, o jornalista e apresentador Leo Dias, de 43 anos, já teria iniciado o tratamento contra o vício em cocaína. Ele fará uso de ibogaína, substância extraída da raiz da planta africana iboga, e que supostamente daria alucinações fortíssimas que ajudariam na perda do vício.
"Venho aqui esclarecer as minhas palavras. Não quero ser 'o culpado', porque senão eu me torno algoz de mim mesmo. Eu estou sentindo agora as consequências das minhas escolhas e estou conscientemente assumindo a responsabilidade disso. Sem culpas! Fiz porque foi bom, fiz por um 'caralhão' de motivos, e acima de tudo, fiz porque quis", publica Leo Dias no Instagram, na quinta, dia 13 de setembro. Ele tem mais de 1,7 milhão de seguidores na rede social de imagens.
O apresentador chegou a ser internado em 2012 para tratamento do vício em cocaína, mas não adiantou.
Apesar de ser usada em rituais e de ter supostos benefícios para o corpo, a ibogaína não possui aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Como a substância é produzida fora do país e ainda não passou por nenhuma análise da Anvisa, sua comercialização em todo território nacional é proibida.
A agência reguladora lembra que existe uma lista com as substâncias sujeitas a controle especial. "No Brasil, são consideradas substâncias sujeitas a controle especial aquelas elencadas nas listas do Anexo I da Portaria SVS/MS 344/98.
Muitos sites divulgam propagandas e textos com afirmando que a substância seria desintoxicante e que auxiliaria até no tratamento contra drogas como maconha e cocaína. Porém, como mostra a Anvisa, essa afirmação não possui comprovação. "Além disso, não foram apresentados estudos clínicos, técnicos ou científicos acerca da ibogaína. Portanto, não se pode afirmar que esta substância tem, de fato, efeitos medicinais", alerta a agência.
Uma matéria publicada no site da revista Super Interessante no final do ano passado revelou que o extrato da raiz da iboga, na verdade, possui efeitos alucinógenos muito fortes, podendo até induzir o usuário ao coma.
A planta
Originária do continente africano, a planta de nome Tabernanthe iboga é utilizada em cerimoniais da religião bwiti, originária do Gabão, na África. Os povos que seguem a bwiti fazem uso da ibogaína em seus rituais.
(com portal da Anvisa).