A organização americana Templo Satânico chegou a um acordo com as empresas de entretenimento Netflix e Warner Bros sobre a ação judicial por alegada violação de direitos autorais, apresentada no início de novembro. A informação consta de um comunicado enviado à imprensa na última quarta, dia 21 de novembro, pelo cofundador da igreja satânica.
No centro dessa controvérsia se encontra a estátua do demônio Baphomet, deus pagão da fertilidade, representado com uma cabeça de carneiro ou de bode em corpo de homem. A representação apareceu em vários episódios da série Mundo Sombrio de Sabrina, produzida pela Warner Bros e distribuída pela Netflix.
"Templo Satânico tem o prazer de anunciar que a ação apresentada recentemente contra Warner Bros e Netflix foi resolvida amistosamente. Os elementos únicos da estátua Baphomet do Templo Satânico foram reconhecidos nos episódios filmados", diz trecho do comunicado.
Além de acusar as companhias de usarem sem autorização a imagem do ídolo diabólico, a organização também reclamou que o deus pagão foi erroneamente retratado como símbolo do mal na série – na obra televisiva ele é associado a canibalismo, necromancia, assassinato e tortura. Segundo os satanistas, a "verdadeira" missão de Baphomet é promover "benevolência e empatia entre as pessoas".
Pela violação de direitos autorais, designação falsa da marca e danos à reputação, o Templo Satânico inicialmente pediu uma indemnização de mais de US$ 50 milhões (cerca de R$ 190 milhões). No entanto, foi alcançado "um acordo de confidencialidade" que deixam obscuros os detalhes do acordo feito entre as partes.
(com Agência Sputnik)