Diagnosticada com esclerose múltipla em agosto do ano passado, a atriz americana Selma Blair, de 46 anos, famosa por ter interpretado Liz Sherman no filme Hellboy, de 2004, fez sua primeira aparição pública desde que descobriu ser vítima da doença que, no Brasil, ficou conhecida por afetar a humorista Claudia Rodrigues – a eterna Marinete do seriado A Diarista (2004-2007), da Rede Globo.
Selma Blair participou da cerimônia de entrega dos prêmios do Oscar, em Los Angeles (EUA), no último domingo, dia 24 de fevereiro, bem como de uma festa promovida pela revista americana Vanity Fair. Ela estava usando um vestido "tomara que caia" com uma capa de seda da grife de luxo britânica Ralph & Russo.
"Há certos momentos que nos definem. Este é um daqueles que indelevelmente deixam uma marca no meu coração. [...] Eu me tornei uma mulher diferente nos últimos anos, por causa da luta e do intenso orgulho da maternidade. [...] Então, é um raio de luz. Poder dizer que estou aqui. Ainda estou em adaptação, por isso havia certo nervosismo. Não faço mais nada do jeito que fazia um dia. Eu posso me recuperar. Mamãe tem que trabalhar. E poderei fazer muita coisa por conta própria [...] E então eu senti o amor dos fotógrafos que me viram brincando com tapetes vermelhos desde que tinha vinte e poucos anos. Eu senti o calor das lâmpadas. A força do meu vestido. Seu toque atencioso. E eu ainda esperava que meu cérebro pudesse enviar sinais pelo resto do meu tempo lá. E eu solucei. E apreciei cada segundo. Cada lágrima de surpresa", publica a atriz de Segundas Intenções, lançado no Brasil em 1999, em sua conta oficial no Instagram nesta segunda (25).
A doença
A esclerose múltipla é uma doença autoimune em que o sistema de defesa do organismo destrói a cobertura protetora dos neurônios, as chamadas bainhas de mielina. Com isso, ocorrem problemas na comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.
"A esclerose múltipla causa muitos sintomas diferentes, entre eles, perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora. Os sintomas, sua gravidade e duração variam conforme a pessoa. Alguns indivíduos podem não apresentar sintomas por quase toda a vida, enquanto outros têm sintomas crônicos graves que nunca desaparecem", esclarece o texto sobre a doença publicado pelo Google em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein.
Normalmente, o tratamento para esse problema neurológico se dá por meio de fisioterapia e medicamentos que suprimem o sistema imunológico e ajudam a combater os sintomas e a retardar a progressão da doença.