Nesta quarta, dia 13 de fevereiro, o teatro brasileiro ficou mais triste. Um enfarte tirou a vida da atriz, cantora e diretora Bibi Ferreira, aos 96 anos. Segundo Nilson Raman, empresário da atriz, que era considerada a grande dama do teatro, ela reclamou de falta de ar e, no momento seguinte, já não respirava. Bibi morreu em sua própria casa, no Rio de Janeiro (RJ).
"A gente sabia que, em algum momento, isso chegaria, porque faz parte do jogo. A saudade existirá sempre, mas talvez a qualidade de vida que Bibi tivesse ali não fosse a melhor do mundo para ela também. Às vezes, a gente, de forma egoísta, se prende muito em querer a pessoa sempre ali, mas tem que entender se a pessoa está bem naquilo que está vivendo", comenta Raman em entrevista à Agência Brasil .
O empresário lembra que, em nota divulgada em setembro do ano passado, Bibi comunicou sua saída da vida pública. Em seu perfil oficial numa rede social, Bibi escreveu: "Nunca pensei em parar, essa palavra nunca fez parte do meu vocabulário, mas entender a vida é ser inteligente. Fui muito feliz com minha carreira.
Nascida em 1º de junho de 1922, a pequena Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida pelo nome artístico de Bibi Ferreira, era filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Bibi tinha ascendência portuguesa, espanhola e argentina. Foi casada seis vezes e deixou uma filha, Teresa Cristina.
Sua estreia no teatro ocorreu quando tinha 24 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Em 1983, com o espetáculo Piaf, a Vida de uma Estrela da Canção, Bibi recebeu os prêmios Mambembe e Molière.
(com Agência Brasil).