Na festa iniciada na noite de sábado, dia 9 de fevereiro, na casa do Big Brother Brasil (BBB) 19, uma situação estranha está chamando a atenção dos internautas. Em certo momento da celebração em clima de praia do reality show da Rede Globo, o brother Maycon está sentado e começa a contar para Diego sobre algo "sobrenatural" que sentiu durante a festa. "Eu estava comendo aqui nesta cadeira e, de repente eu senti um arrepio. Começou a tocar umas músicas esquisitas. Daí olhei para os dois e comecei a escutar uns negócios, tipo 'não faça igual a eles'", revela Maycon ao colega de confinamento.
Apesar de parecer apenas um testemunho de "experiência sobrenatural" dentro do programa, muitos internautas estão interpretando a reação do confinado como racismo e intolerância religiosa. Isso porque a "música esquisita" citada por ele é intitulada Identidade, de 1992, composta pelo grande cantor e compositor carioca Jorge Aragão. Ela fala sobre a identidade negra e a "herança" social da escravidão. Durante a execução da canção na festa do último sábado (9) no BBB 19, Gabi se colocou junto a Rodrigo, de costas para ele, para compartilhar o momento e "sentir" a letra, em perfeita sincronia.
"Maycon não quis ir pra pista, tava chorando e falou que tava tocando músicas estranhas, só porque Gabi e Rodrigo estavam curtindo o que eles gostam e sentindo a música", comenta o perfil intitulado @fanntwitta no Twitter.
Confira, abaixo, o momento em que Maycon conversa com Diego e a "sincronia" de Gabi e Rodrigo:
Para quem quiser conhecer a letra da canção Identidade, de Jorge Aragão, aqui está:
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história.