
Nesses mais de 32 anos de trajetória da banda de Samuel Rosa, Lelo Zanetti, Henrique Portugal e Haroldo Ferretti, posso dizer, sem medo de errar ou de falsa modéstia, que me orgulho de ser testemunha/'madrinha' do nascimento do Skank. Muitos dos atuais fãs nem tinham nascido quando fiz a primeira matéria sobre um grupo que estouraria pouco tempo depois. Sim, fui a primeira jornalista do Brasil - eu era, então, repórter de Cultura do jornal "Diário da Tarde", o DT - a publicar um texto contando como Samuel e sua turma criaram o Skank, inspirados nos ritmos caribenhos que, na época, ecoavam na efusiva música pop nacional.

Foram muitas outras matérias, entrevistas, shows, discos e encontros ao longo de mais de 30 anos. Guardo na memória várias passagens bacanas de lugares como o antigo Janis, na avenida Getúlio Vargas, onde assisti ao primeiro show do Skank; Maxaluna, Serraria Souza Pinto, Independência, Expresso Canadá, Mineirão e, claro, Bar Nacional, que inspirou até a música de Chico Amaral, um dos maiores sucessos do grupo. Falar do Skank é como ver um longa-metragem de uma vida inteira. Ou ler um livro de "trocentas" páginas.
