Depois de sofrer uma nova lesão no pé direito no jogo entre Paris Saint-Germain (PSG) e Strasbourg, na quarta, dia 23 e janeiro, o craque Neymar Jr. foi avaliado pelo ortopedista mineiro Rodrigo Lasmar, da Seleção Brasileira, que constatou a fratura no quinto metatarso. Em conjunto com a equipe médica do PSG, foi decidido que o atacante passará por fisioterapia e tratamentos variados, ao invés de passar por uma nova cirurgia – em março de 2018 ele foi operado no hospital Mater Dei, em Belo Horizonte (MG), devido ao mesmo problema.
O jogador brasileiro está sendo acompanhado pelo ortopedista e médico do esporte Hakim Chalabi, designado pelo clube francês. O especialista já cuidou de outros atletas importantes, incluindo Ronaldinho Gaúcho e o atacante português Pauleta. Mas, o que chama a atenção no caso de Neymar é o uso de uma técnica intitulada plasma rico em plaquetas (PRP), como forma de recuperar a lesão no pé direito.
Esse procedimento consiste na retirada de sangue do próprio paciente para que o plasma rico em plaquetas, que são estruturas que ajudam na cicatrização, seja injetado de volta no organismo. No caso do craque da Seleção Brasileira e do PSG, o componente benéfico é inserido no pé que sofreu a lesão.
Apesar de não ser uma novidade, tendo sido realizado no Ronaldinho Gaúcho e no tenista espanhol Rafael Nadal, o PRP é considerado, no Brasil, uma prática experimental pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em resolução publicada em 2015, o CFM reconhece que a técnica de uso do plasma rico em plaquetas vem sendo amplamente usada na Medicina esportiva como "alternativa para acelerar a regeneração de tecidos lesionados, tais como músculos, tendões, ligamentos e articulações", mas deixa claro que ela não representa um tratamento oficial, sendo restrita à experimentação clínica, só podendo ser usada em instituições autorizadas.
Além disso, em parecer oficial publicado em 2011, o conselho explica que o uso do plasma enriquecido com plaquetas não traz embasamento científico acerca de sua real eficiência. "Podemos concluir que o referido produto ainda se encontra em fase experimental.