O clube alvinegro não perde para o Bragantino há mais de 25 anos. A última derrota ocorreu em 1998 pelo Campeonato Brasileiro. De lá pra cá, foram mais 9 confrontos entre as duas equipes, com quatro vitórias do Galo e cinco empates.
Para a partida, Gabriel Milito fez três mudanças em relação ao time que começou o jogo contra o Bahia, na rodada passada. Rômulo e Igor Gomes entraram na vaga de Guilherme Arana e Alan Franco, respectivamente, que foram convocados para a disputa da Copa América. A terceira troca foi a entrada do jovem Cadu no lugar de Hulk, que está lesionado.
Durante o jogo, principalmente na parte defensiva, Milito distribuiu o galo em 4-4-2, com Rômulo atuando como lateral esquerdo, e Battaglia como zagueiro. Esta, que pode ser uma alternativa para o treinador argentino durante o período em que o Arana estiver fora.
Mesmo com os desfalques e jogando fora de casa contra um adversário que gosta de ter a bola, Milito não abdicou de tentar manter a posse de bola e impedir que o rival a tenha. Apesar disso, o Galo teve dificuldades em controlar o jogo, em uma partida que ambas equipes quiseram jogar futebol.
Igor Gomes - que deu uma linda assistência para o gol de Paulinho -, jogou na função de Alan Franco, de forma mais recuada, dando mais liberdade a Zaracho. Isso explica a opção do treinador por começar com o jogador, e não com Pedrinho. Porém, o meia teve muitas dificuldades na saída de bola para sair da marcação-pressão feita pelo Bragantino.
Desta forma, em muitos momentos, o time de Milito buscava se aproveitar da alta linha de marcação do Bragantino e da velocidade dos atacantes atleticanos, fazendo lançamentos nas costas dos defensores. Assim, o Galo chegou ao segundo gol.
Se com a bola o Atlético teve dificuldades, defensivamente o time foi muito bem, anulando as jogadas de 1 contra 1 dos pontas do Bragantino. Sendo Fuchs e Saraiva os melhores da partida.
Paulinho, um dos destaques do Galo, ao final do jogo, comentou sobre a atuação do time. "No Campeonato Brasileiro tem que somar sempre. Jogo difícil, muito pegado, com muito contato. Ambas equipes são muito jovens. Nesses momentos temos que mostrar que o nosso elenco vai brigar por todos os títulos"
O jogo também foi marcado negativamente pela forte intervenção da arbitragem, com um alto número de cartões e faltas. Rafael Rodrigo Klein aplicou 12 cartões amarelos e dois vermelhos na partida (sem contar os cartões para quem estava no banco). Destes, seis amarelos e um vermelho para a equipe alvinegra, além de ter anulado um gol de Cadu por um toque de mão.
Para o jogo contra o Palmeiras, na próxima segunda-feira (17 de junho), o Galo ganhou mais quatro desfalques. Everson, Lemos e Battaglia, suspensos; e o meia Matías Zaracho, por contusão (a gravidade da lesão ainda é incerta). Ao todo, o Atlético não contará com 10 jogadores para a partida.
O zagueiro Rômulo, que saiu com câimbra durante o jogo contra o Bragantino, não preocupa. Já o grande destaque do time, Hulk, deve estar à disposição do técnico Gabriel Milito para o próximo jogo.
A maior dúvida fica no meio de campo, já que o Galo não terá nenhum volante disponível. Paulo Victor, voltando de lesão, pode ser uma solução. Outra opção seria usar Bruno Fuchs como primeiro jogador de meio campo, função que o mesmo exerceu na última partida do Galo pela Libertadores, contra o Caracas. Mais à frente, Igor Gomes e Pedrinho devem fechar o trio de meio de campo.