
O produto que virou alvo da crítica de Ségolène Royal foi criado em 1940, por Pietro Ferrero, e chegou oficialmente ao Brasil em 2005. Ele tem entre seus ingredientes o óleo de palma, também conhecido como óleo de dendê. Esse produto é extraído do dendezeiro, árvore comum em florestas tropicais, especialmente em regiões da Malásia, Papua Nova Guiné e Brasil.
Em comunicado à imprensa, o grupo italiano Ferrero, fabricante do Nutella, diz que é consciente da questão ambiental e a extração do óleo da palmeira é feita com responsabilidade.

Até o Greenpeace publicou em seu blog um esclarecimento sobre essa questão. "É verdade que o óleo de palma é uma das grandes ameaças às florestas tropicais e à vida selvagem. É verdade também que esse óleo é usado em diversas coisas, de batatas fritas a biodiesel. Mas, boicotar produtos contendo óleo de palma ou qualquer produto que gere desmatamento, não vai parar a destruição. Ferrero, que faz o Nutella, é, hoje, uma das empresas mais conscientes no uso do óleo", diz o grupo de proteção da natureza no post em inglês.
A fala da ministra francesa gerou reação também na Itália. O ministro italiano do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, escreveu uma resposta em sua conta no Twitter: "Que Ségolène Royal deixe os produtos italianos tranquilos. Hoje à noite no menu: pão e Nutella".
Depois da repercussão negativa, Royal pediu desculpas públicas.