
Esse tipo de fruta, muitas vezes, é considerada exótica por quem vive em cidades do sul e do sudeste. Para o antropólogo Raul Lody, a procura pelo taperebá, também chamado de cajá e acajá, pode ser explicada tanto por sua disponibilidade – ele produz quase todo o ano –, quanto por seu sabor ácido e ao mesmo tempo adocicado.
"O brasileiro tem uma predileção por sabores mais adocicados, e a mistura da acidez a torna ainda mais irresistível, o que justifica também ela ser cada vez mais explorada na gastronomia contemporânea", comenta o antropólogo.
Na região nordeste, o taperebá costuma ser consumido devido aos benefícios que proporciona para o organismo. "Rico em vitamina A e fibras, a fruta pode ser utilizada em diferentes receitas, já que sua polpa é cheia de 'carne'", explica a nutricionista Marcia Daskal, da assessoria Recomendo. Ela completa, dizendo que a fruta proporciona ainda outros nutrientes, como fósforo, ferro e cálcio.
Normalmente, o taperebá pode ser encontrado na forma de sucos, geleias, sorvetes, batidas e até mesmo como acompanhamento para alguns pratos salgados. Nos últimos anos, ele 'ganhou' o país como um sabor de picolé, vendido por uma franquia de sorvetes especializada em frutas brasileiras.