Estado de Minas BEM-ESTAR

Consumo de carne vermelha, principalmente processada, pode causar câncer

Comer 50 gramas de carne processada, diariamente, aumenta em 18% o risco de se ter câncer no intestino


postado em 27/12/2017 08:40 / atualizado em 27/12/2017 09:11

O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o consumo de carne vermelha, especialmente a processada, aumenta o risco de se ter câncer no intestino(foto: Pixabay)
O relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o consumo de carne vermelha, especialmente a processada, aumenta o risco de se ter câncer no intestino (foto: Pixabay)
Você segue uma dieta onívora, ou seja, come de tudo, como é natural do ser humano? Apesar de nossa característica básica, muitas pessoas preferem adotar o estilo de vida vegetariano ou mesmo vegano. O que nem todos sabem, é que deixar de comer carne pode ser uma boa opção para a prevenção do câncer. Em outubro de 2015, a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), emitiu um parecer sobre o efeito cancerígeno provocado pelo consumo de carne in natura e, principalmente, da processada. O material foi desenvolvido por 22 especialistas de 10 países. O documento destaca o câncer de intestino grosso em carnívoros, muito comum em quem se alimenta de carne processada.

Segundo o parecer da IARC, as carnes do tipo processadas foram classificadas como pertencentes ao grupo 1A da classificação de produtos carcinogênicos para seres humanos. Nesta mesma categoria estão incluídos, por exemplo, o tabaco e o amianto (ou asbesto). Vale dizer que são consideradas processadas todas as carnes (de porco ou de vaca) que tenham sido submetidas à secagem, salgagem, fermentação, defumação ou outros processos para realçar o sabor e melhorar a conservação. A maioria das carnes processadas contêm carne de porco ou de vaca, mas também podem incluir aves, vísceras e outros produtos, como sangue. Elas são usadas em salsichas, presuntos, carne seca e enlatada, por exemplo.

Pela análise da OMS, para cada 50 gr de carne processada consumida diariamente, o risco de câncer de cólon e de reto aumenta em 18%. Em relação ao consumo de carne in natura (vermelha), o perigo ainda não está totalmente comprovado, mas, foi verificado que para cada 100 gr do produto consumido diariamente, o risco aumenta em 17%.

Aliás, a carne in natura, ou também chamada de vermelha, foi incluída pela IARC no grupo 2A, que significa possível potencial carcinogênico para seres humanos – a classificação nesta categoria foi baseada em limitadas evidências de estudos que mostram a associação positiva entre o consumo e o surgimento da doença. O risco se mostrou maior para o desenvolvimento de câncer de intestino grosso, mas, também, para os de pâncreas e próstata. São consideradas carnes vermelhas todos os tipos de músculos de mamíferos, como vaca, porco, vitelo, cordeiro, carneiro, cavalo e cabra.

Para quem não sabe, o consumo de carne (de todos os tipos), no Brasil, é de cerca de 233 gr por dia, em média, por pessoa, o que está até quatro vezes acima das diretrizes nutricionais sugeridas para a população carnívora.

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