Os cientistas australianos descobriram que não há efeitos adversos em quem consome até 12 ovos num período de sete dias. O estudo confirmou que a perda de peso ao longo de um ano foi semelhante em pessoas com dieta pobre em ovos (até dois por semana) ou com alta ingestão do produto oriundo da galinha (12 por semana).
Além disso, os pesquisadores constataram que os participantes que sofriam de diabetes tipo 2 não tiveram problemas de saúde associados à ingestão de 12 ovos por semana, como inflamação, risco cardiovascular ou metabólico ou ainda aumento dos níveis de glicose no sangue. "Uma dieta saudável baseada em diretrizes populacionais, incluindo mais ovos do que o recomendado por alguns países, pode ser considerada segura", informam os cientistas no artigo recém-publicado.
O estudo também pede que a Fundação Nacional do Coração (National Heart Foundation), da Austrália, similar ao nosso Instituto Nacional do Coração (Inca), reveja suas diretrizes e deixe de recomendar apenas seis ovos por semana.
Ainda que os ovos – particularmente a gema – sejam ricos em gordura, eles possuem vitaminas, minerais, proteínas e ácidos graxos, como o ômega-3. Portanto, não há necessidade de optar apenas pelo uso das claras, desprezando as gemas por supostamente serem "perigosas" para a saúde.
Ao contrário do que se pensa, os ovos contribuem para o aumento do "bom" colesterol, e não elevam a taxa da gordura ruim no sangue. A pesquisa também descobriu que as pessoas que substituem os produtos típicos do café da manhã pelos ovos consomem menos calorias ao longo do dia.
A única recomendação que se mantém é a de não guardar esse produto na porta da geladeira, devido às constantes mudanças de temperatura.