Tecnicamente, essa espuma é uma camada composta por grande quantidade de bolhas de gás carbônico que se formam na superfície da cerveja quando ela é agitada, movimentada ou fermentada. Isso dá à bebida uma característica singular, já que ela é a única entre todas as opções alcoólicas que possui esse componente.
"A recomendação é que toda cerveja servida possua espuma. É uma espécie de atestado de saúde ou de qualidade, criando uma verdadeira camada protetora do líquido", comenta o mestre-cervejeiro Leon Mass, da megacervejaria brasileira Ambev.
A espuma varia, também, dependendo do estilo da bebida, esclarece o especialista. Algumas cervejas belgas, por exemplo, apostam em espumas mais cremosas, que chegam a ficar grudadas nas paredes dos copos mesmo após o consumo completo. Em contrapartida, cervejas da escola britânica são, em parte, mais caracterizadas por camadas mais finas e compactas do colarinho.
Vale ter atenção não apenas à presença, mas, também, à espessura da camada de espuma. "Não existe uma regra matemática, mas uma camada que varie entre dois e três dedos é o suficiente", afirma o mestre-cervejeiro.
Abaixo, Leon Mass cita algumas curiosidades sobre a espuma da cerveja:
É formada por gás carbônico, proteínas e componentes do lúpulo (dá o amargor à bebida)
Ela cria uma barreira entre o líquido e o ar, mantendo a temperatura
A espuma impede o contato da cerveja com o oxigênio, evitando a oxidação, que altera o sabor.