Estado de Minas CIÊNCIA

Arqueólogos descobrem produção ancestral de cerveja em Israel

Bebida era usada como forma de honrar os mortos


postado em 14/09/2018 13:54 / atualizado em 14/09/2018 14:04

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Com a popularização da produção artesanal, é cada vez maior o consumo de cerveja no Brasil. Dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) mostram que em 2017 forma produzidos 13,3 bilhões de litros da bebida no país. Atualmente ela vai bem com diferentes ocasiões, como festas e happy hour, mas a bebida resultante da fermentação do malte já foi usada por nossos antepassados em rituais, especialmente como forma de honrar os mortos.

Arqueólogos da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, descobriram esse costume curioso após análise de uma gruta que fica perto de Haifa, em Israel. Ao investigar o local, foram descobertos pilões de pedra próprios da cultura natufiana, que viveu entre 12,5 mil anos a.C. e 9,5 mil a.C., e que continham restos fossilizados de plantas que foram utilizadas para preparar cerveja. Os antepassados cultivavam os grãos na água, secando e triturando o malte. Depois, esquentavam a mistura e deixavam fermentar.

A descoberta levou à conclusão de que nossos antepassados costumavam produzir a bebida para rituais, bebendo como forma de honrar a memória dos antepassados. Além disso, os arqueólogos encontraram uma antiga sepultura na gruta, permitindo associar a bebida aos rituais de luto.

Os cientistas acreditam que a produção de cerveja passou a ser um estímulo para o cultivo de cereais e, consequentemente, para o aprimoramento da própia agricultura. Além disso, os pesquisadores consideram que, originalmente, a humanidade começou a cultivar cereais para elaborar cerveja e não para fazer pão.

(com Agência Sputnik)

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