Nesse sentido, a mais recente descoberta está ligada a fruta ainda pouco conhecida dos brasileiros, mas que é nativa da Amazônia, chamada camu-camu (Myrciaria dubia), que traz benefícios no controle da obesidade. Esta conclusão faz parte de um estudo realizado na Universidade Laval, do Canadá, publicado no periódico científico Britsh Medical Journal e divulgado pelo site Medical News Today, que é especializado em notícias científicas.
A camu-camu é uma fruta pequena, de casca vermelha e verde (semelhante à maçã gala), com formato e tamanho parecidos com os de uma uva. Ela pode ser encontrada na região da floresta Amazônica no Brasil e no Peru. Atualmente, segundo o Medical News Today, o Japão é um dos maiores consumidores dessa iguaria rica em nutrientes.
Apesar de ter um sabor que não é dos mais agradáveis, os pesquisadores canadenses descobriram que a camu-camu tem boa quantidade de antioxidantes, substâncias comprovadamente benéficas para a saúde.
Testes
Com tantas propriedades, os cientistas da Universidade Laval decidiram incluir a pequena fruta amazônica em pesquisas sobre metabolismo e obesidade. Para descobrir se o produto realmente serial capaz de atuar contra o excesso de peso, eles realizaram testes em cobaias.
Os animais foram separados em dois grupos e alimentados, durante oito semanas, com uma dieta rica em açúcares e gorduras, porém, parte das cobaias ingeriu pedaços de camu-camu, diariamente. Os roedores que comeram a futa durante o período de análise engordaram 50% menos que os demais. Seus níveis de glicose e insulina no sangue também se mostraram melhores do que o do grupo que manteve a dieta hipercalórica, de acordo com o Medical News Today.
Outro aspecto observado nos ratos que ingeriram a fruta é que a flora intestinal continha mais micro-organismos benéficos e menos bactérias nocivas, responsáveis por causar inflamações.
Em outro momento do estudo, os pesquisadores canadenses transplantaram bactérias benéficas do organismo dos ratos alimentados com camu-camu para outros roedores que não tinham esses micro-organismos na flora intestinal. Após o transplante, os cientistas observaram que as cobaias que receberam as bactérias benéficas também tiveram a saúde melhorada.
O próximo passo do estudo, de acordo com os pesqusiadores é a realização de testes clínicos em humanos..