Muitas pessoas aderiram à dieta mediterrânea com o intuito de reduzir o risco de derrame, especialmente para mulheres com 40 anos ou mais. Porém, esse efeito não é visto entre os homens. Isso é o que foi verificado por um estudo realizado na Universidade de East Anglia, no Reino Unido. A informação foi divulgada pelo site americano The Conversation.
Os pesquisadores descobriram que homens e mulheres com alto risco de doença cardiovascular que seguiram a dieta mediterrânea tiveram um risco reduzido de 13% de derrame, embora essa redução tenha sido impulsionada principalmente pelas voluntárias do sexo feminino.
"Em nossa análise, a dieta mediterrânea parece ajudar mais contra o risco de derrame do que os alimentos individuais que a compõem. Quando analisamos os alimentos individualmente, houve poucas associações significativas com o risco de Acidente Vascular Cerebral . Os benefícios parecem vir dos efeitos da combinação de uma dieta rica em peixe, frutas, legumes, nozes e feijões, cereais e batatas", esclarece a pesquisadora Ailsa Welch, professora da Universidade de East Anglia, líder do estudo, em artigo publicado no The Conversation.
Vale lembrar que o estilo de vida dos moradores do mar Mediterrâneo inclui a menor ingestão de carne vermelha e de laticínios, bem como a redução no consumo de gordura saturada.
Estudos anteriores já verificaram o efeito protetor da dieta mediterrânea na prevenção do AVC. Porém, apenas duas pesquisas investigaram a diferença do efeito protetor entre homens e mulheres. "Acreditamos que este é o primeiro estudo a investigar a relevância da dieta mediterrânea para pessoas de diferentes níveis de risco de doença cardiovascular", comenta Welch no artigo.
No estudo da Universidade de East Anglia, analisamos os hábitos alimentares de 23.232 pessoas, com idades entre 40 e 77 anos, moradores de Norfolk, no Reino Unido, para descobrir se seguir a dieta mediterrânea poderia prevenir o Acidente Vascular Cerebral de qualquer tipo.
"Descobrimos que as mulheres se beneficiaram mais.