Todos os anos surgem os chamados "alimentos da moda". E, em 2019, não podia ser diferente. De acordo com o site canadense de notícias The Globe and Mail, o ano que se inicia terá os adaptógenos como bola da vez nas dietas de quem quer perder peso ou manter a boa forma.
Essa categoria de alimentos, supostamente, "vai além dos benefícios básicos, ajudando o corpo a se adaptar ao estresse e à fadiga", segundo informa a nutricionista Desiree Nielsen, entrevistada pelo portal.
A especialista destaca que, entre os adaptógenos mais eficientes, estão o cordyceps – um tipo de fungo que surge em insetos e artrópodes; a maca peruana, uma raiz originária da região da civilização Inca e que é considerada afrodisíaca; e o cogumelo chaga, típico das florestas do hemisfério norte.
Entretanto, o maior ícone dos alimentos adaptógenos é uma planta de nome bastante complicado chamada ashwagandha, mas que, felizmente, possui outras denominações, como ginseng indiano, groselha venenosa ou cereja de inverno. Ela pode ser encontrada, principalmente, na China, na Índia, no Nepal e no Iêmen. "Eu sou um superfã da ashwagandha. Estou usando há mais de um ano e isso me ajudou a controlar o estresse e a melhorar minha saúde intestinal, mas ela possui um gosto terrível", comenta Desiree Nielsen ao The Globe and Mail.
Há relatos de que essa planta de nome difícil ajuda também a aliviar dores e a tratar inflamações e até ansiedade.
A nutricionista explica, ainda, que a melhor forma de ingerir os adaptógenos é em forma de pó, adicionados a bebidas naturais como sucos e chás.
Óleo MCT e macadâmia
Outros alimentos também são considerados adptógenos, de acordo com a nutricionista canadense entrevistada pelo site de notícias. Um óleo chamado MCT (sigla em inglês para triacilglicerol de cadeia média), que é extraído do coco, e o leite da noz macadâmia. Ambos já são utilizados nas dietas cetogênicas e, segundo Desiree Nielsen, podem ajudar na perda de peso, melhora do raciocínio e combate às inflamações no organismo.
Cautela
Apesar dos supostos benefícios desse grupo de alimentos, outra nutricionista entrevistada pelo The Globe and Mail, Jennifer Sygo, prega cautela na utilização dos adptógenos. "Considero que esses alimentos realmente são interessantes, mas devemos, primeiramente, estudar sua real confiabilidade e testá-los em pesquisas", alerta a especialista.