Revista Encontro

Curiosidade

Homens se preocupam mais com a origem do vinho

Estudo mostra que o país pode influenciar o gosto

Marcelo Fraga
- Foto: Pexels

Um estudo de neuromarketing realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) gerou informações curiosas sobre o consumo de vinho no Brasil.

Para quem não sabe, o neuromarketing se diferencia das tradicionais pesquisas de mercado por levar em consideração a leitura das ondas cerebrais dos consumidores, obtidas por meio de eletroencefalograma, tornando os resultados mais precisos.

De acordo com a pesquisa da USP, os homens são mais influenciáveis do que as mulheres na hora de escolher o vinho, sendo o país de fabricação da bebida o fator que mais importa para eles. Isso também acontece com quem não se importa muito com assuntos relacionados à enologia.

Para chegar a essa conclusão, o estudo ofereceu uma sessão de degustação de vinhos a voluntários conectados a aparelhos de eletroencefalograma. A bebida era sempre a mesma, de origem brasileira, porém, antes de oferecer a taça, alguns participantes foram informados de que se tratava de um vinho francês. Já outros recebiam a informação verdadeira.

A partir disso, os pesquisadores coletaram e analisaram os dados cerebrais dos voluntários desde o momento em que recebiam a informação do suposto (ou não) país de origem do rótulo até terminarem de degustar a bebida.

A pesquisadora Karina Pagan, que coordenou o estudo, em entrevista à Rádio USP, explica como os produtores de vinho podem utilizar os resultados do trabalho: "Ao saber que alguns consumidores prestam bastante atenção ao país de origem, os produtores podem traçar estratégias de marketing melhores, como, por exemplo, dar mais destaque a essa informação nos rótulos"..