É sabido que uma dieta adequada deve envolver o consumo de gorduras saudáveis, como a existente no abacate. Além das diferentes receitas que aproveitam a fruta in natura, uma boa solução é a ingestão do azeite, que também é produzido no sul de Minas Gerais no campo experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em Maria da Fé.
O azeite obtido do abacate pode ser classificado como extravirgem (isento de defeitos orgânicos qualitativos), oferecendo benefícios à saúde humana. Pesquisas comprovam que, além de nutrir, o hábito de consumir abacate, incluindo o óleo, proporciona inúmeros benefícios à saúde humana pela presença de compostos bioativos, os fitoesteróis, carotenoides, tocoferóis, ácido oleico em abundância, compostos fenólicos, fibra alimentar na polpa e reduzido teor de açúcar.
Esses compostos proporcionam no organismo ações antioxidantes, que auxiliam na redução do colesterol ruim, o LDL, e elevação do HDL (colesterol bom), além de outras ações positivas. Portanto, a fruta previne o surgimento de doenças crônicas.
"Destacando a semelhança do óleo de abacate com o tradicional azeite de oliva, mostramos a importância do fruto como alimento, por meio da divulgação das pesquisas desenvolvidas. E, estimulando preparações da polpa do abacate em sobremesas e em receitas de saladas e molhos, é possível incentivar a inserção do abacate na culinária das famílias, na alimentação escolar e ampliar seu comércio, buscando consolidar bons hábitos alimentares por se tratar de um fruto nutritivo, funcional, saboroso, sacietógeno [dá saciedade] e com baixo custo", comenta Adelson Francisco de Oliveira, pesquisador da Epamig, citado pela Agência Minas.
Vale lmberar que existem dois tipos da fruta. O abacate raso ou "avocado" (porte menor e casca marrom) é o fruto mais conhecido e consumido no mundo, especialmente em receitas salgadas, como as da culinária mexicana. Já a fruta tradicional, que é maior e tem a casca esverdeada, é o mais comum em nosso país, por ter um ótimo rendimento na agricultura.
O azeite produzido pela Epamig pode ser usado no preparo de receitas quentes, incluindo frituras, já que consegue manter suas qualidades biofísicas até 240º C. O azeite de oliva, por sua vez, atinge o ponto de saturação aos 140º C.
(com Agência Minas)