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Comer cogumelos pode evitar danos cognitivos

Estudo descobre benefício do fungo para o cérebro


postado em 19/03/2019 12:31 / atualizado em 19/03/2019 12:35

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Ele vai bem no estrogonofe, na salada ou como substituto da carne. O cogumelo, além de ser uma ótima fonte de nutrientes, pode reduzir o risco de problemas cognitivos, como o Mal de Alzheimer. A descoberta foi realizada por cientistas da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) e publicada no dia 12 de março no periódico científico Journal of Alzheimer's Disease.

A pesquisa avaliou os benefícios de uma porção de cogumelos cozidos equivalente a três quartos de xícara – cerca de 150 g. De acordo com os cientistas, mesmo uma pequena porção de cogumelos por semana pode ser benéfica para reduzir as chances de doenças neurodegenerativas.

"Essa correlação é surpreendente e encorajadora. Parece que um ingrediente único, muito disponível, pode ter um efeito importante no declínio cognitivo", comenta o pesquisador Lei Feng, professor assistente do departamento de Medicina Psicológica da NUS, principal autor do trabalho, citado pelo portal Science Daily.

O estudo durou seis anos – de 2011 a 2017 – e coletou dados de mais de 600 idosos chineses, acima de 60 anos, que moravam em Cingapura. Os voluntários consumiram seis cogumelos comumente encontrados em Cingapura: shitake, cogumelo-ostra, champignon, enoki e portobello, além de secos e enlatados. No entanto, os pesquisadores salientam que é provável que outros fungos também tenham efeitos benéficos.

De acordo com a pesquisa, a razão para a redução da prevalência de problemas cognitivos nos idosos que consumiam cogumelos pode estar relacionada a um composto específico encontrado em quase todas as variedades de fungos. "Estamos muito interessados em um composto chamado ergothioneine. Ele é um antioxidante e anti-inflamatório único, que os seres humanos são incapazes de sintetizar sozinhos. Mas pode ser obtido a partir de fontes alimentares, especialmente nos cogumelos", comenta o pesquisador Irwin Cheah, do departamento de Bioquímica da Universidade Nacional de Cingapura, co-autor do estudo, também citado pelo Science Daily.

Agora, o próximo passo do estudo é realizar um ensaio clínico randomizado com ergothioneine puro e outros ingredientes à base de plantas, como L-theanine e catequinas de folhas de chá, para determinar a eficácia de tais fitonutrientes em retardar o declínio cognitivo.

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