Estado de Minas QUEIJOS

Modo de fazer Queijo Minas Artesanal é reconhecido pela Unesco

O 'jeitinho' mineiro de produzir o alimento se tornou patrimônio imaterial da humanidade


postado em 04/12/2024 15:48

(foto: Neusa Cadore/Wikimedia Commons)
(foto: Neusa Cadore/Wikimedia Commons)
O modo de produzir o Queijo Minas Artesanal foi reconhecido nesta quarta-feira (4 de dezebro) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A decisão foi anunciada durante reunião do comitê da entidade em Assunção, no Paraguai.

A prática culinária já havia sido declarada Patrimônio Cultural do Brasil em 2008. A candidatura à Unesco foi apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em março de 2023, atendendo a uma solicitação da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo).

Tradição

Produzido com leite cru, o Queijo Minas Artesanal é uma tradição que surgiu há mais de 300 anos e representa uma importante atividade econômica para a agricultura familiar em várias regiões de Minas Gerais.

O processo é completamente manual, preservando técnicas tradicionais desenvolvidas por pequenos produtores rurais. Após a ordenha, o leite recebe o "pingo" - um fermento lácteo natural, e o coalho. A mistura descansa por cerca de 40 minutos antes de seguir para a etapa de moldagem. Depois, o queijo é salgado e passa por um período de maturação de 22 dias.

Com a inclusão da prática na lista de patrimônios imateriais da humanidade, o Brasil soma sete patrimônios culturais na lista da Unesco. O Queijo Minas Artesanal é o primeiro alimento brasileiro a ser reconhecido pela entidade.

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