Fragmentos de um gigantesco esqueleto de dinossauro até então desconhecido foram encontrados na África do Sul, perto da cidade de Clareans, por um grupo internacional de paleontólogos. O achado foi publicado na quinta, dia 27 de setembro, no site da universidade sul-africana de Witwatersrand, de Johanesburgo. Segundo os cientistas, trata-se de um animal herbívoro que pode ser considerado o maior de seu tempo.
De acordo com o professor Jonah Choiniere, no texto recém publicado, o dinossauro viveu no período Jurássico Inferior há cerca de 200 milhões de anos e já era adulto quando morreu. Ele recebeu o nome de Ledumahadi mafubeis, que significa "trovão gigante do amanhecer" na língua aborígene sul-africana.
Por meio de análises da microestrutura do tecido ósseo presente nos fósseis, pesquisadores foram capazes de evidenciar a dinâmica de seu crescimento. O animal tinha 14 anos de idade e seu tamanho equivaleria ao dobro de um elefante africano adulto.
No artigo publicado no site da universidade, Jonah Choiniere relata que foram necessários muitos anos de escavação, entre os anos de 2012 e 2017, para que os ossos do período Jurássico fossem desenterrados. Com isso, a equipe conseguiu determinar que o animal tinha quatro metros de altura e pesava 60 toneladas – sendo o maior dinossauro da sua época.
Curiosamente, o fóssil descoberto na África do Sul pode estar relacionado aos ossos do dinossauro Ingentia prima, encontrado recentemente na Argentina. Eles viveram aproximadamente no mesmo tempo, acreditam os paleontólogos. Esta hipótese corrobora com a ideia do supercontinente Pangeia. "[O estudo demonstra] a facilidade que era para os dinossauros caminharem de Johanesburgo a Buenos Aires naquele tempo", comenta o professor da Universidade de Witwatersrand.
O Ledumahadi seria capaz de usar as quatros patas para caminhar, assim como se manter nas patas traseiras, mais ou menos como os elefantes fazem. O dinossauro de Clarens era herbívoro.
(com Agência Sputnik)