Levantamento feito pelo Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo (SP), mostra que, anualmente, 150 mil pessoas são diagnosticadas com alergia a animais no Brasil. Geralmente, ainda segundo a instituição médica, essa doença é causada por algum tipo de proteína presente na pele, na saliva ou na urina dos bichinhos de estimação.
Apesar de muitas pessoas não saberem, o contrário também pode acontecer, mesmo que raramente. Ou seja, os pets também podem desenvolver alergia aos seres humanos. Um exemplo disso foi relatado pelo site americano de curiosidades Ripley's Believe It or Not (Acredite Se Quiser). No final do ano passado, a cadela chamada Cruella, da raça border collie, acabou perdendo boa parte de seus pelos em virtude de uma reação alérgica causada pela sua tutora.
A pesquisadora Sabrina Sieck, dona da cachorrinha, percebeu uma leve irritação na pele de Cruella e a levou a um médico veterinário. O especialista recomendou tratamentos de rotina para esse tipo de caso, como dietas, banhos e, até mesmo, um traje especial de lycra para aliviar a coceira. Porém, nada disso funcionou e, com o passar do tempo, o problema piorou, provocando queda drástica de pelos.
Foi então que o veterinário que estava tratando de Cruella resolveu realizar um teste de alergia nela. O diagnóstico foi surpreendente: a cadelinha era alérgica a pelos humanos. Neste caso, até mesmo sua própria tutora era uma das causadoras do problema na pele do cãozinho.
Felizmente, segundo informa o Ripley's Believe It or Not, Cruella conseguiu se recuperar totalmente da doença em seis meses, após passar por um tratamento imunoterápico (suas próprias células foram manipuladas e utilizadas como "remédio"). Entretanto, ainda hoje ela precisa tomar um comprimido diário para manter a alergia controlada.