Geólogos do Centro Alemão de Pesquisas em Geociências GFZ, em Potsdam, descobriram que a cidade de Teerã, capital do Irã, que possui 15 milhões de habitantes (uma das maiores da Ásia), está afundando rapidamente devido ao esgotamento das águas subterrâneas. A informação foi divulgada pelo portal americano de notícias científicas Science Alert.
Os pesquisadores analisaram dados de satélites escaneadores da superfície terrestre e avaliaram o grau de subsidência de 2003 a 2017 na região de Teerã. Eles usaram um radar interferométrico com abertura sintética (InSAR, na sigla em inglês) que é capaz de detectar até mesmo pequenas deformações no solo.
Foram encontradas três áreas que estão afundando 25 cm por ano (zona ocidental de Teerã); cinco cm por ano (na região do aeroporto internacional); e 22 cm por ano (na zona sudeste de Teerã).
O problema está relacionado à extração excessiva de água subterrânea na capital iraniana. Apenas em 2013, 32 mil poços foram usados para retirada de água do subterrâneo, enquanto que em 1968 havia menos de quatro mil. De 1984 a 2011, o nível médio de águas subterrâneas na região diminuiu cerca de 12 m.
Segundo os pesquisadores alemães, citados pelo Science Alert, a subsidência ocasiona surgimento de rachaduras no solo e paredes, danos nos prédios e deslocamento da superfície da Terra. A compactação do solo pode ser irreversível, mas o uso adequado de água poderá ajudar a evitar consequências catastróficas. Caso medidas não sejam aplicadas, a infraestrutura da capital iraniana pode ser seriamente comprometida, especialmente nas áreas densamente povoadas.
(com Agência Sputnik)