Cientistas suecos e egípcios encontraram uma grande quantidade de múmias de crianças e mulheres na cidade de Gebel el-Silsila, que fica na região de Aswan, no Egito – a 950 km ao sul da capital Cairo. O anúncio da descoberta foi feito por Mustafa Wasiri, secretário-geral do Ministério de Antiguidades do Egito na última quinta, dia 13 de dezembro.
A missão arqueológica, liderada por Maria Nilsson e John Ward, da Universidade de Lund, na Suécia, descobriu em Gebel el-Silsila uma enorme vala comum da época da XVIII dinastia que governou o Egito de 1550 a.C. a 1295 a.C.
A tumba foi descoberta a cinco metros de profundidade e possui duas câmaras sem decoração. Ela está cheia de água, o que demanda esforço maior para que seja possível a escavação. Segundo os arqueólogos, o local foi vítima de uma recentemente tentativa de saque, o que dificultou ainda mais as escavações, devido à grande quantidade de areia e lama deixadas pelos vândalos.
A informação é de que, cronologicamente, os enterros se referem a pelo menos três gerações, que vão de Tutmés II a Amenófis II, ou seja, datados de 3,4 mil anos atrás. Os arqueólogos registraram restos mortais de pelo menos 50 indivíduos (metade crianças), e acreditam que o número de múmias seja ainda maior.
Em nenhuma outra vala encontrada na região havia restos mortais de tantas pessoas. Além do número recorde de múmias, a quantidade de crianças e mulheres impressiona e indica que havia uma comunidade completa, com famílias inteiras, que vivia e trabalhava na localidade, conhecida antigamente como Jeny.
Conforme o Ministério de Antiguidades do Egito, foram descobertos três sarcófagos de arenito, sendo dois com retos mortais de um bebê e de uma criança pequena. O terceiro sarcófago também havia sido preparado para um bebê.
As escavações devem continuar até o fim do ano. Além dos túmulos, foram encontrados escaravelhos, amuletos, braceletes, ânforas, jarros de cerveja, tigelas, frascos e outros recipientes.
(com Agência Sputnik)