Depois do eclipse lunar do século que encantou o mundo em 2018, agora, testemunharemos mais uma vez esse fenômeno. O espetáculo poderá ser visto no céu nortuno na madrugada da próxima segunda, dia 21 de janeiro, e será visível nas Américas e em partes da Europa e da África.
Nesse tipo de eclipse, Sol, Terra e Lua devem estar alinhados, nesta ordem. No Brasil, o fenômeno deve ser visível a partir da 1h33 (horário de Brasília) de segunda (21), quando nosso satélite natural entrará na região da umbra, atrás da Terra, longe da iluminação direta do Sol. À medida que a Lua se mover, será possível vê-la "escurecendo".
Às 2h41 (Brasília), o satélite estará totalmente escurecido pela sombra da Terra, marcando o início do eclipse lunar total, de acordo com informações divulgadas pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). Neste momento, a Lua começará a apresentar uma coloração laranja-avermelhada.
A soma da cor única e do tamanho do satélite, que estará bem maior que o habitual, o fenômeno da próxima segunda também é chamado popularmente de "superlua de sangue" – neste caso, ela estará em sua fase cheia e no ponto da órbita de maior proximidade com a Terra, a "apenas' 357.340 km de distância.
A coloração laranja-avermelhada, que também foi vista no eclipse de julho do ano passado, se deve à atmosfera terrestre. Quando a luz solar incide na atmosfera, as moléculas de ar dispersam os raios azuis, o que faz o céu parecer dessa cor, e deixam sobretudo raios vermelhos para trás. Estes são refratados para a sombra da Terra.
"Podemos ver a luz vermelha durante um eclipse pois ela recai sobre a Lua na sombra da Terra. Este mesmo efeito é o que dá a amanheceres e pores-do-sol uma cor laranja-avermelhada", diz parte de um texto divulgado no site da Nasa. A intensidade da cor depende da quantidade de umidade, poeira e outras partículas presentes na atmosfera.
Além do eclipse lunar total de janeiro, 2019 terá ainda um eclipse lunar parcial em 16 de julho, que será visto em grande parte da Europa e da Ásia, assim como na Austrália, na África e em parte das Américas. No Brasil, o fenômeno deve ser pouco visível.
OS amantes da astronomia também poderão vislumbrar um eclipse total do Sol no dia 2 de julho, que será visível quase que exclusivamente na América do Sul, mais especificamente no Chile e na Argentina. Em 26 de dezembro, um eclipse solar do tipo anelar (quando a Lua fica no centro da estrela, deixando apenas um halo) poderá ser visto sobretudo na Ásia e na Oceania.
(com Agência Deutsche Welle)