Na madrugada da última segunda, dia 21 de janeiro, várias pessoas no Brasil e em muitas partes do mundo puderam admirar a beleza da rara "Superlua de Sangue", que foi registrada durante o eclipse lunar. Mas, além desse fenômeno astronômico, alguns "felizardos" conseguiram testemunhar também o impacto de um meteorito na superfície do nosso satélite natural.
Essa foi a primeira vez na história que a queda de um objeto espacial é capturada em vídeo durante um eclipse lunar total.
Durante a transmissão ao vivo da Superlua, foi possível ver um flash pequeno e rápido logo no início do eclipse. Cientistas e astrofotógrafos conseguiram obter as primeiras imagens do evento.
"GIF animado cobrindo o início da totalidade do #EclipseLunar de ontem (cerca de 15 minutos em tempo real). Incluindo o evento do impacto lunar (ponto brilhante à esquerda) e a ocultação da magnitude 8,5 da estrela HIP 39869", comenta o astrônomo amador Christian Fröschlin em vídeo publicado no Twitter na última terça (22).
Confira, abaixo, o flagrante disponibilizado pelo cientista amador:
" title="Compartilhar no Twitter" data-share="popup" target="_blank">
Animated GIF covering the start of totality for yesterday's #LunarEclipse (about 15 minutes of real time). Includes the lunar impact event (flashing dot to the left) and occultation of the magnitude 8.5 star HIP 39869. 20 x 20 x 1 sec RGB in Celestron 8" 0.33x reducer. pic.twitter.com/1sGblEeLn2
%u2014 Christian Fröschlin (@chrfrde) January 22, 2019
De acordo com a agência russa de notícias Sputnik, o astrônomo José María Madiedo, da Universidade de Huelva, na Espanha, monitora há anos os eclipses com a ajuda da rede de telescópios MIDAS (Sistema de Análise e Detecção de Impactos da Lua), e confirmou que se trata de fato de um meteorito, sendo essa a primeira vez a ser registrado em vídeo o fenômeno astronômico.
O especialista sugere que a rocha que atingiu a Lua naquela noite pesava cerca de dois quilos e era do tamanho de uma bola de futebol. A observação de um evento tão raro poderia ajudar os cientistas a entender a topografia da superfície do satélite e a reconstruir o histórico de impacto.
No decorrer de um eclipse total, a Lua passa pela sombra (umbra) gerada pela Terra, o que resulta no alinhamento perfeito do Sol, do satélite e de nosso planeta, fazendo com que a superfície lunar pareça vermelha como sangue.
(com Agência Sputnik)