Um grupo internacional de cientistas encontrou múmias de mais de dois mil anos, em "boas condições", numa câmara subterrânea do solo arenoso da região de Tunah Al-Gabal, a 260 km ao sul do Cairo, no Egito. Segundo a agência francesa de notícias, as mais de 40 múmias que remontam à era ptolemaica (303 a.C. a 30 a.C) foram descobertas no último sábado, dia 2 de fevereiro.
Segundo o arqueólogo Rami Rasmi revelou à AFP entre as múmias foram identificadas 12 crianças e seis animais – os demais eram homens e mulheres adultos.
Os restos mortais milenares foram encontrados no chão ou em caixões de barro aberto na câmara em ruínas na província de Minya.
Enquanto a mumificação é associada ao Antigo Egito (3.150 a.C. a 343 a.C.), a prática continuou sob o reinado de Ptolomeu, que governou os egípcios a partir de 323 a.C.
As sepulturas de Minya, descobertas durante uma escavação iniciada em fevereiro do ano passado, estão aglomeradas numa tumba comunal "provavelmente pertencente a uma família pequeno-burguesa", de acordo com informações do Ministério de Antiguidades do Egito.
O arqueólogo Mohamed Ragab disse à AFP que dois túmulos foram descobertos a nove metros de profundidade e numa câmara que continha mais de seis cômodos.
A presença de animais de estimação mumificados – principalmente cães – mostra o quanto eles eram importantes para os mortos. "Esses animais eram tão queridos pelos donos que os enterraram em seus túmulos", comenta Ragab à agência francesa.
Fragmentos de cerâmica e pedaços de papiro encontrados no local ajudaram os pesquisadores a determinar a data dos achados, explica Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, à AFP.