Estado de Minas CURIOSIDADE

China quer coletar energia solar no espaço

Ideia é que as usinas de eletricidade orbitem a Terra


postado em 21/02/2019 12:46 / atualizado em 21/02/2019 13:01

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Depois de conseguir levar com sucesso um robô espacial para a superfície da Lua, agora a China possui um plano ambicioso de construir uma série de usinas de energia solar no espaço. A informação foi divulgada pelo portal chinês Science & Technology Daily.

A ideia é que os equipamentos estejam em órbita entre 2021 e 2025. E as estações com maior capacidade energética, acima de um megawatt, estão planejadas para operarem em 2030. De acordo com Pang Zhihao, pesquisador da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, em entrevista ao portal, as usinas solares espaciais serão capazes de enviar energia para a Terra com uma potência seis vezes maior do que as tradicionais "fazendas" de células fotovoltaicas.

Com o tempo, essas estações poderiam se tornar "uma fonte inesgotável de energia limpa para os seres humanos", afirma Pang. Ele explica ainda que a eletricidade será enviada de volta à Terra na forma de micro-ondas ou fotônica avançada (usando a luz) e lembra que a capacidade de produção não sofrerá interferência do ciclo terrestre de dias e noites.

O problema é que os pesquisadores chineses ainda precisam encontrar uma forma de levar as estações de energia para o espaço. Cada uma pode chegar a pesar até mil toneladas. Atualmente, apenas foguetes espaciais, incluindo o Saturn V, da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), e o Soyuz, da Rússia, têm capacidade comprovada de levar ao espaço cargas com mais de 100 toneladas. Mas, a empresa espacial SpaceX, criada pelo bilionário sul-africano Elon Musk, já está estudante uma forma de aumentar a carga máxima de seus foguetes.

Além da China, cientistas e engenheiros da Rússia, dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e da Índia estão trabalhando no conceito de coleta de energia solar baseada no espaço.

Vale dizer que a ideia de coletar energia do Sol diretamente no espaço e enviá-la à Terra vem desde os anos 1970. Ela foi proposta pela primeira vez por engenheiros da Nasa, que calcularam que usinas de energia gerando cerca de dois megawatts custariam incríveis US$ 1 trilhão (cerca de R$ 3,77 trilhões).

(com Agência Sputnik)

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