Criado em 2016, o projeto Breakthrough Starshot, da empresa Breakthrough Initiatives, dirigida pelo empreendedor russo Yuri Milner, prevê que daqui a 20 anos será enviada uma missão para explorar o planeta Proxima Centauri b, que pode se tornar uma espécie de "Terra 2.0". A informação foi divulgada pela agência russa de notícias Sputnik.
As sonda espaciais Voyager 1 e Voyager 2 foram as únicas a conseguir escapar do campo gravitacional do Sistema Solar, entretanto, foram abandonadas em 2013 e 2018, já que foram lançadas em 1977 pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e não perderam a comunicação.
Caso as naves da futura missão tenham uma velocidade de 17 km/s, para alcançar o sistema estelar Alfa Centauri, onde está localizado o planeta Proxima Centauri B, que orbita a zona habitável de sua estrela anã vermelha, seriam precisos dezenas de milhares de anos para chegar lá.
Mas, cientistas do Breakthrough Starshot já projetaram uma sonda inteligente com "velas solares" que serão impulsionadas por raio laser e, com isso, deverão alcançar uma velocidade aproximada 60 mil km/s, ou seja, 20% da velocidade da luz (300 mil km/s). Sendo assim, caso tudo ocorra como previsto, a nave espacial poderá chegar a Alfa Centauri em duas décadas.
Como mostra a Sputnik, o maior objetivo da missão é saber se Proxima b possui condições similares às da Terra, apesar de ter uma massa um pouco maior do que a do nosso planeta – o tamanho é similar. Neste caso, a sonda poderia estudar o movimento e a forma de Proxima Centauri b, além da composição da atmosfera e da superfície. A missão também buscaria rastros de vida no planeta.
Contudo, o problema é que a velocidade da sonda é muito elevada para entrar em órbita e aterrissar, por isso, atualmente, os cientistas estudam uma forma de frear a nave espacial.
Porém, existem possíveis problemas para essa missão
- A vela solar pode não suportar o raio laser
- A sonda pode não alcançar o objetivo, pois será bombardeada por milhões de átomos ao longo de 20 anos, o que danificaria o equipamento
- Os materiais da Terra podem se deterior devido à alta velocidade
- Não se sabe de onde sairia a energia necessária para transmitir os dados para a Terra
(com Agência Sputnik).