Um relatório divulgado pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) em 2018, intitulado Biosignature False Positives (Bioassinaturas Falso Positivas, em tradução livre), elaborado por cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais e do Centro de Voos Espaciais Goddard, ambos da Nasa, afirma que, "ao tentar detectar vida em planetas orbitando áreas habitáveis de outras estrelas, a observação direta de vida é totalmente improvável".
De acordo com o documento, a humanidade, no entando, nas próximas décadas, poderá observar possíveis evidências indiretas de vida extraterrestre, usando as chamadas "bioassinaturas". Como explicam os cientistas, o termo "bioassinatura" significa "qualquer medição ou observação que exija uma origem biológica para explicar o que se mede ou observa". Na Terra, esse tipo de vestígio pode ser exemplificado com o oxigênio, com os fósseis de dinossauros e até com embalagens de doces vazias.
O texto divulgado pela Nasa diz ainda que cada uma dessas observações fornece uma evidência indireta, de valor variável, da presença de vida real ou extinta. No entanto, os pesquisadores também alertam para os resultados falsos positivos que podem aparecer porque "em nossa busca por vida, seja nos mais antigos registros geológicos da Terra, seja em planetas do Sistema Solar, como Marte, ou especialmente em planetas extrassolares, devemos inferir sobre a existência de vida a partir de seu impacto local ou global sobre o ambiente".
As bioassinaturas, frequentemente identificadas a partir da influência dos organismos terrestres sobre a atmosfera e a superfície do nosso planeta, podem ser diagnosticadas de forma incorreta ao serem aplicadas em mundos alienígenas. "Os chamados falsos positivos podem ocorrer quando outro processo ou conjunto de processos mascara ou imita uma bioassinatura", observam os pesquisadores Chester E. Harman e Shawn Domagal-Goldman, autores do relatório, em trecho do documento.
(com Agência Sputnik).