Estado de Minas ARQUEOLOGIA

Stonehenge recebia visitantes de várias partes em 'festivais'

Isso é o que diz um estudo recém publicado


postado em 15/03/2019 11:39 / atualizado em 15/03/2019 12:44

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Cientistas britânicos analisaram o DNA de amostras de ossos de porcos encontrados na região de Stonehenge, o famoso monumento megalítico situado em Salisbury, no Reino Unido, e descobriram que os alimentos eram provenientes de várias partes da ilha britânica, o que sugere que o local histórico pode ter sido palco para "festivais" no passado remoto. A descoberta foi publicada na revista científica Science Advances na última quarta, dia 13 de março.

"O mais interessante são os esforços dos participantes desses festivais para transportar os porcos para Stonehenge. Em princípio, nada os impedia de comprar a carne local, ao invés de transportar animais pouco adaptados a viagens ao longo de centenas ou milhares de quilômetros. Isso indica a existência de regras para que os participantes levassem seus próprios porcos", comenta o pesquisador Richard Madgwick, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, no artigo recém publicado.

A estimativa é que Stonehenge tenha sido construído por volta do ano 2.600 a.C. e é considerado um dos mais famosos e misteriosos sítios arqueológicos do mundo.

Há três anos, geólogos analisaram a composição química das pedras que formam o monumento megalítico e chegaram à conclusão de que elas foram trazidas do oeste do País de Gales para o sul da Grã-Bretanha, numa viagem de cerca de 500 km.

Essa descoberta fez os cientistas pensarem que Stonehenge poderia ter sido construído inicialmente no oeste do País de Gales e depois transportado pelos proprietários, que teriam terminado a construção da sua parte externa com pedras de arenito local. A teoria foi confirmada no ano passado depois da análise química dos ossos de supostos construtores do monumento.

Além das ossadas de construtores, os arqueólogos encontraram restos de centenas de porcos supostamente abatidos e consumidos durante as festas religiosas e culturais ocorridas em Salisbury.

Agora, o desafio dos arqueólogos e dos historiadores é esclarecer como os angitos britânicos conseguiram transportar porcos vivos por distâncias tão longas.

(com Agência Sputnik)

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