De acordo com comunicado divulgado na última quarta, dia 3 de abril, pela empresa de segurança virtual UpGuard, centenas de milhões de dados de usuários do Facebook estão expostos ao público na internet, sem qualquer tipo de proteção. A informação foi divulgada pela emissora estatal alemã Deutsche Welle.
O grupo de pesquisadores descobriu dois conjuntos separados de dados, armazenados em servidores de computação em nuvem da Amazon. As informações podiam ser acessadas por qualquer pessoa, sem a necessidade de senha.
O maior bloco de dados estava vinculado à empresa mexicana Cultura Colectiva, que armazenou publicamente na nuvem mais de 540 milhões de dados de usuários coletados no Facebook, incluindo comentários, reações e nomes de perfis.
O segundo conjunto de dados, ligado ao extinto aplicativo At the Pool, da rede social criada por Mark Zuckerberg, era significativamente menor, mas continha, entre outros dados, fotos e senhas de 22 mil usuários.
A UpGuard acredita que as senhas eram para acessar o aplicativo, e não a conta do usuário na rede social, mas a divulgação coloca em risco aqueles internautas que costumam usar as mesmas senhas em várias contas, alerta a empresa.
Segundo o Facebook, todas as informações expostas já estão seguras. "Uma vez alertados sobre o problema, trabalhamos com a Amazon para derrubar os bancos de dados. Temos o compromisso de trabalhar com os desenvolvedores em nossa plataforma para proteger os dados das pessoas", diz um porta-voz da rede social, citado pela Deutche Welle.
Ainda conforme a nota, o Facebook está investigando o incidente e busca descobrir por que esses dados foram armazenados em servidores públicos. "As políticas do Facebook proíbem o armazenamento de informações em bancos de dados públicos", afirma o porta-voz, que completa dizendo que a empresa informará os usuários se forem encontradas evidências de que as informações expostas na internet foram mal utilizadas.
"Os dados expostos não existiriam sem o Facebook, ainda assim esses dados não estão mais sob o controle do Facebook. Em cada um desses dois casos, a plataforma facilitou a coleta de dados sobre indivíduos e sua transferência para terceiros, que se tornaram responsáveis por sua segurança", critica a UpGuard no comunicado enviado à imprensa.
Vale lembrar que essa é a rede social mais usada no mundo, com dois bilhões de usuários mensais. Além disso, a empresa é dona do WhatsApp e do Instagram, também utilizados por bilhões de pessoas.
(com Deutsche Welle)
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