Estado de Minas HISTÓRIA

Hitler não queria ver o extermínio dos judeus, diz programa

O líder nazista fez questão de "ficar de fora" do Holocausto


postado em 03/04/2019 10:17 / atualizado em 03/04/2019 10:20

(foto: YouTube/BBC/Reprodução)
(foto: YouTube/BBC/Reprodução)

De acordo com um episódio da série de TV britânica Private Lives, exibida pela emissora estatal BBC na última segunda, dia 1º de abril, o ditador nazista Adolf Hitler se recusou a testemunhar o extermínio dos judeus nos campos de concentração e chegou até a destruir os documentos que o conectavam ao Holocausto. A informação foi divulgada pelo tabloide britânico Daily Mail.

Como mostra o programa, certa vez, o "führer" (líder), como era chamado, teria cerrado as cortinas do vagão de trem para não ver os prisioneiros que caminhavam perto de um campo de concentração – eram 50 espalhados pelos países dominados pelos nazistas, sendo ao menos oito exclusivamente para extermínio.

Acredita-se que Hitler nunca sequer visitou um desses campos. Neles, seis milhões de judeus foram mortos antes e durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e outros milhões foram afetados pelo resto de suas vidas.

Segundo o Daily Mail, os novos detalhes da vida do ditador nazista também incluem sua infância abusiva, as aspirações artísticas e as relações com várias mulheres mais jovens.
O episódio é apresentado por Tracy Borman, curadora-chefe dos Palácios Reais Históricos do Reino Unido, que viajou para a Alemanha para pesquisar a vida dessa  figura despótica mundialmente conhecida. "Enquanto as atrocidades estavam sendo realizadas em seu nome, ele nunca visitou um campo de extermínio", comenta a curadora, citada pelo tabloide.

Quando um trem carregando de judeus seguindo para os campos de concentração ou extermínio parava numa plataforma adjacente ao vagão em que ele estava, Adolf Hitler fazia questão de cerrar as cortinas. "Hitler nunca quis ser confrontado com a realidade brutal do que estava acontecendo. Ele só queria saber que estava sendo feito", completa Tracy Borman.

Conforme o Daily Mail, durante um almoço com Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel (ou SS, a guarda especial nazista) e responsável pela organização do Holocausto, o führer afirmou que era "extremamente misericordioso com os judeus", acrescentando na mesma sentença que "a única solução era o extermínio".

O episódio da última segunda (1º) de Private Lives sugere que uma transcrição dessa conversa é o único "documento" que relaciona Hitler ao assassinato em massa praticado pelos nazistas alemães, já que ele preferiu "passar adiante" as decisões voltadas ao extermínio durantes as reuniões com seus subordinados.

Curiosamente, o programa mostra que Adolf Hitler "salvou" um único judeu: o médico Eduard Bloch, que havia tratado a mãe do ditador, que sofria de câncer de mama. O líder nazista até ajudou o médico a emigrar para a América em 1940.

Outrto ponto interessante exibido no episódio diz respeito ao café da manhã do führer: ele desfrutava de duas xícaras de leite morno, 10 biscoitos Leibniz e metade de uma barra de chocolate, que era consumida em pé pelo líder alemão.

As muitas mulheres na vida de Hitler também foram apresentadas, incluindo vários de seus relacionamentos mais íntimos, como o que teve com a própria sobrinha.

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