Apesar de ser o sétimo país a conseguir enviar uma nave até a órbita da Lua, a missão Bereshit – que significa Gênesis em hebraico –, lançada por Israel em fevereiro deste ano, não foi bem sucedida na aterrissagem no satélite natural da Terra. Após viajar por dois meses, o aparelho sofreu avarias e acabou caindo no solo lunar. Se tivessem conseguido aterrissar a aeronave de forma suave, os israelenses seriam o quarto povo a pousar na Lua com segurança – feito alcançado pelos Estados Unidos, pela ex-União Soviética e pela China.
Bereshit pesa apenas 585 kg e mede aproximadamente 1,5 m. Ela foi lançada por um foguete da SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário sulafricano Elon Musk, na base em Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos.
A sonda estava equipada com instrumentos para medir o campo magnético da Lua e recolher dados que permitiriam compreender melhor a formação do nosso satélite. A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) também usaria os dados que seriam captados pelo equipamento israelense.
O projeto lunar de Israel custou 88 milhões de euros (cerca de R$ 385 milhões), verba que foi financiada sobretudo por fundos privados, incluindo o bilionário sulafricano Morris Kahn, e foi criado a partir de uma competição internacional patrocinada pelo Google. Na ocasião, a gigante mundial da internet desafiou cientistas e empreendedores a criarem um veículo robotizado que fosse levado até o solo lunar usando orçamentos reduzidos.
Junto com a sonda Bereshit, os israelenses enviaram discos com gravações de desenhos de crianças, canções, símbolos hebraicos e textos bíblicos.
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