Quem adota um animal precisa lembrar que o bichinho fica ainda mais feliz em contato com a natureza, ao desfrutar de áreas verdes como parques e praças. Esse tipo de passeio traz conforto biológico aos pets. Ainda assim, é preciso ter cuidado dentro de casa para deixar o ambiente apta a receber o novo animalzinho.
Plantas tóxicas, como espirradeira ou comigo-ninguém-pode, devem ser evitadas no jardim. Já dentro de casa, manter a lixeira e materiais de limpeza longe deles é essencial. Os cachorros, especialmente os mais jovens, são muito curiosos, o que aumenta o risco de acidentes, em especial com a fiação elétrica. É preciso educá-los também para não "destruírem" a casa na ausência dos tutores.
Cãezinhos, em geral, são bons companheiros para idosos, podendo até ajudá-los no combate a depressão. Cuidar da limpeza do bichinho, do habitat dele, da alimentação, medicá-lo quando necessário, também favorece o desenvolvimento do vínculo afetivo e ajuda as pessoas a lidarem com os mais diversos sentimentos, da frustração e à morte de um ente querido.
Investir tempo e afeto na relação ajudará a evitar os distúrbios de comportamento do pet. "O espaço onde o animal permanecerá precisa oferecer segurança, higiene e conforto. Se a vida do cão for sempre um eterno competir com outros cães ou pessoas, como crianças da casa, seja por comida ou atenção do tutor, isso poderá ocasionar um estresse. Cães mantidos na corrente por longos períodos, longe do convívio com as pessoas, também sofrem muito", orienta a ambientalista Vininha F. Carvalho, editora da revista Ecotour News.
O cachorro que não tem diversão ou fica muito tempo sozinho, como dentro de um apartamento, necessita de ainda mais atenção, já que terá tendência a se entediar e desenvolver hábitos destrutivos, como roer móveis, rasgar roupas ou brincar e comer as próprias fezes, como passatempo. Muitas vezes o cão que vive em áreas restritas defeca próximo à sua "cama". A ingestão de fezes pode virar um desvio comportamental numa tentativa de manter o local limpo. O cão não gosta de dormir perto de suas fezes, por isso, é necessário fazer uma higienização constante, alerta a ambientalista.
Existem animais, que além de ficarem a maior parte do tempo dentro de um apartamento, quando saem as ruas para passear, os tutores inibem até mesmo pequenas atitudes normais, como, por exemplo, cheirar a cauda de outros cães do mesmo porte, com receio que ocorra um incidente. Restringir essas ações podem ser muito prejudiciais para o equilíbrio emocional do animal, ele ficará cada vez mais deprimido.
"Para garantir a qualidade de vida do animal o ideal é proporcionar bastante exercício, e colocar à disposição brinquedos diferentes, inclusive aqueles que estimulam o busca e traz. Os cães apreciam interagir com os tutores e receber atenção. Mas mesmo assim para alguns cães isso parece não serem suficiente, eles necessitam de correr, pular ou até mesmo nadar. O contato com a natureza é muito importante para garantir o equilíbrio emocional, independentemente de ter ou não raça definida", diz Vininha Carvalho.