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PET

Não se esqueça de vacinar seu cão ou gato durante a pandemia

Médica veterinária alerta que os tutores devem manter atualizado o cartão de vacinação dos pets, mesmo com os transtornos causados pelo novo coronavírus

Marcelo Fraga
Especialista recomenda que somente médico veterinário aplique as vacinas, pois a condição de saúde do animal deve ser levada em conta no momento da aplicação - Foto: Freepik
Antes de tudo, vai aqui um lembrete: não há evidências científicas de que animais possam transmitir o novo coronavírus para seres humanos através da convivência. Vale esse destaque, pois, muitas pessoas acreditam que o risco de Covid-19 aumenta por causa dos bichos e acabam abandonando os animaizinhos. Entretanto, há muitas outras doenças que nada tem a ver com o vírus causador da pandemia que podem atingir cães e gatos.

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Por isso, mesmo com os inúmeros transtornos vividos por todos nós nesse momento de crise sanitária, é importante não se descuidar do calendário de vacinação dos animais. "Prevenir é sempre a melhor opção, por isso as vacinas são de extrema importância para fazer com que os animais de estimação tenham uma vida longa e saudável. No caso dos filhotes, essa é a primeira medida para que eles possam conviver com outros animais e com o mundo exterior. A vacinação é um dos principais cuidados relacionados à posse responsável", alerta a médica veterinária Tatiane Manzano, do hospital veterinário Animed, localizado em Nova Lima (MG). A especialista lembra, inclusive, que várias clínicas oferecem o serviço de vacinação pet em domicílio.

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Para quem acabou se descuidando e esqueceu de vacinar o bichinho na data correta, ela recomenda que o animal em questão seja levado para fazer exames que detectam qual é o seu nível de imunização. Feito isso, é possível o veterinário definir um protocolo a ser seguido para dar andamento às vacinas que ficaram atrasadas.

Situações em que os bichos não devem ser vacinados

Tatiane Manzano explica que há algumas contra-indicações para vacinar os animais.
"O que é preconizado é que o animal esteja saudável. Animais que estejam no cio, em gestação ou lactentes, que estejam tomando medicações como antibióticos ou anti-inflamatórios e os recém operados não devem ser vacinados. Por isso, é fundamental que somente médicos veterinários apliquem as vacinas, pois esse profissional é capaz de avaliar o pet antes de cada vacinação", recomenda.

Dificuldades na hora da vacinação

Quem tem um bichinho sabe o quão complicado pode ser o momento da aplicação da vacina. Afinal, ninguém, incluindo os bichinhos, gosta de agulha de injeção, né!? Por isso, a especialista aconselha que os tutores conversem com o médico vetrinário para saber o melhor procedimento a ser adotado. "Em geral, para cães de pequeno porte, solicito que tutor que segure no colo, como de costume, e aplico a vacina. No caso dos cães de grande porte, é possível aplicar a vacina com o pet no chão, com o tutor segurando firme a guia. Quando necessário maior segurança tanto do médico veterinário, como do tutor, recomendo o uso de focinheiras", comenta Tatiane Manzano.

Ela lembra, ainda, que os gatos são os que mais ficam estressados na hora de vacinar, porém, felizmente, algumas técnicas podem ajudar bastante, como o uso de música ambiente e fazer carinho no ouvido do bichano.

Coronavírus canino e felino

Existe o coronavirus canino (CCoV), mas ele é bem diferente do novo coronavírus (Sars-CoV-2), causador da pandemia atual. O que atinge os cachorros pode causar gastroenterite, um tipo de inflamação no estômago e nos intestinos. De acordo com Tatiane Manzano, a vacina contra esse micro-organismo já foi desenvolvida e consta entre as não-obrigatórias. Já para o Coronavírus felino (FCoV) não existe imunização. Uma vez infectado, o gato pode ser acometido peritonite, que é uma inflamação interna nas vísceras.

Confira o esquema de vacinação recomendado para os animais (pode variar de acordo com o orientações do médico veterinário): 

  • Cães filhotes - Entre 6 e 8 semanas, primeira dose da vacina polivalente (V8 ou V10), com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 4 doses. A partir de 12 semanas, dose única de vacina anti-rábica. A partir de 16 semanas, primeira dose de giárdia e gripe com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 2 doses.
    Leishmaniose, primeira dose, com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses. Depois, o animal deve ser submetido a doses únicas anuais de reforço

  • Cães adultos - Primeira dose de vacina polivalente (V8 ou V10), com intervalo de 3 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses, mais dose única de anti-rábica. Se o tutor desejar realizar as vacinas de caráter não obrigatório, elas são intercaladas entre a polivalente e aanti-rábica. Após esta fase, o animal deve ser submetido a doses únicas de reforço, anualmente

  • Gatos filhotes - Entre 6 e 8 semanas, primeira dose da polivalente (quádrupla ou quíntupla) com intervalo de 3 a 4 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses. A partir de 12 semanas, dose única da vacina anti-rábica. Depois, o animal deve ser submetido a doses únicas anuais de reforço

  • Gatos adultos - Primeira dose da polivalente (quádrupla ou quíntupla), com intervalo de 3 a 4 semanas entre cada dose, totalizando 3 doses, mais dose única de anti-rábica. Após esta fase, o animal deve ser submetido a doses únicas de reforço, anualmente
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